O despertar da inovação e da criatividade são os objetivos da 16ª Edição da Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia). Serão apresentados 346 projetos feitos por estudantes dos ensinos fundamental, médio e técnico de escolas públicas e particulares do Brasil. A Feira começa hoje e fica aberta ao público até quinta-feira (15) na Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo).
Em paralelo é realizado o 2º FIC (Festival de Invenção e Criatividade), que coloca à disposição dos estudantes diversos materiais para a criação de experimentos, além de oficinas, cursos e palestras. O FIC é organizado por instituições como Poli-USP, MIT, Fundação Lehmann e Fundação Telefônica Vivo e Rede de Aprendizagem Criativa. A ideia é levar a educação mão na massa, quando os alunos colocam o conhecimento em prática, para ambientes formais e não formais de todo o país. Estimular o aprendizado de forma descontraída.
“O aluno que tem um projeto de longa duração, mas que tem dificuldade em envolver a escola, encontra no FIC estratégias que estimulam a curiosidade e o envolvimento de todos os alunos no desenvolvimento de um projeto. A ideia também é mostrar que os eletrônicos podem ser usados a favor da criatividade para construir e reconstruir coisas, inventar e reinventar”, explica a organizadora da Febrace, Roseli de Deus Lopes, a Poli-USP.
A Febrace funciona como uma vitrine do potencial de jovens pesquisadores. “Qualquer criança pode ser cientista e em qualquer área do conhecimento”, diz. Os jovens participantes recebem materiais para pesquisa que auxiliam como começar um projeto, como realizar um diário de bordo entre outros passos para a conclusão de um produto ou experimento. ”
Ao longo de 16 anos, a Febrace já frutificou. “Além dos prêmios, os alunos têm a oportunidade de participar em outras competições internacionais, já tivemos imersão em laboratórios nacionais e internacionais”, observa. “O impacto também está na formação de muitos professores e estudantes. Tivemos um caso de um jovem que foi estudar medicina em Oxford, por exemplo. ”
Entre os destaques da mostra, vale conferir um game para educação financeira chamado Educa Money, desenvolvido pelos alunos de uma escola de Campo Grande (MS). O jogo foi desenvolvido para smartphones Android e ensina crianças e adolescentes a administrar o dinheiro. Também é possível encontrar o Detector de Carne Estragada, um biossensor desenvolvido por estudantes do Sesi de Curitiba. E a inteligência artificial a serviço da medicina para o diagnóstico de Alzheimer.
Serviço:
Febrace
Escola Politécnica da USP
Av. Prof. Luciano Gualberto, 3, travessa 3, Cidade Universitária
13 a 15 de março
14h às 19h