Em meio à mais grave crise hídrica já registrada no Sudeste brasileiro, rios e nascentes que abasteceram a capital de São Paulo até o início dos anos 1960 são alvo de desavenças entre governo estadual, Ministério Público e ambientalistas. Promotores do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) suspeitam de falhas em licenças ambientais relacionadas a um túnel que desabou em dezembro no Trecho Norte do Rodoanel ─ rodovia de 44 quilômetros, orçada em R$ 6,8 bilhões, que cruza áreas de preservação ambiental na Serra da Cantareira.
Por meio de blogs, redes sociais e vídeos no YouTube, a população local alega que mais de 100 nascentes teriam sido soterradas durante a construção da rodovia. Entre pilares de concreto, aterros e túneis, a reportagem flagrou um vazamento em uma nascente desviada pela construção, além de acúmulo de sedimentos no fundo de córregos.
A Secretaria de Transportes do governo paulista negou soterramentos e reconheceu "efeitos temporários" sobre as águas, que não fazem parte do Sistema Cantareira e desembocam atualmente no rio Tietê
*Reportagem da BBC Brasil
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