De pé, com máscaras no rosto, álcool em gel ao alcance das mãos e, em muitos lugares, armados com termômetros em formato de pistola, garçons e gerentes de São Paulo se perfilaram na porta de seus restaurantes nesta segunda-feira (6), para receber um público que quase não apareceu
Newton Menezes/Estadão Conteúdo - 06.07.2020
Por toda a cidade, mesas distanciadas umas das outras ficaram vazias, enquanto os frequentadores continuam trabalhando de casa, no que no Brasil se chamou "home office", ou tiveram receio de dar as caras enquanto o coronavírus ainda está em circulação
Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo - 06.07.2020
Entre os que chegaram a se sentar na mesa, um dos motivos confessados foi o "saco cheio" de encomendar comidas para entrega e a vontade de ver a rua
Mineto/Futura Press/Estadão Conteúdo - 06.07.2020
A reportagem percorreu dezenas de bares no eixo que vai do Largo da Batata até a Avenida Paulista. Não encontrou nenhum local em que as mesas não estivessem afastadas umas das outras ou que houvesse qualquer tipo de aglomeração
Mineto/Futura Press/Estadão Conteúdo - 06.07.2020
Durante as conversas com funcionários e proprietários, a reclamação sobre a proibição de servir jantar foi constante
"O próprio município já defende isso", disse Humberto Munhoz, do bar O Pasquim, que antes da pandemia só abria para o almoço entre sexta-feira e domingo. Ele disse que há preocupação dos donos das casas em manter a segurança dos locais e evitar as cenas de aglomeração como se viu no Leblon, no Rio
Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo - 06.07.2020
A forma como esse primeiro dia de abertura transcorreu foi, na avaliação de um dos sócios do Figueira Rubaiyat, Diego Iglesias, bem diferente do que ocorreu na Espanha, onde esteve há algumas semanas para também acompanhar a reabertura dos restaurantes. "Lá teve muita euforia. Aqui, está tendo mais cuidado."
Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo - 06.07.2020
Iglesias afirmou que as normas paulistas se assemelharam com as imposições das autoridades espanholas, à exceção do horário de fechamento mais cedo. Disse ainda que "o público ainda vai se acostumar, vai levar um tempo" para retomar a confiança de sair de casa. Da média de 100 a 150 refeições que servia por dia, no almoço, até as 14 horas desta segunda o empresário disse acreditar que havia atendido um público entre 20 e 30 pessoas