Funcionários de uma empresa foram sequestrados em Guarulhos, na Grande São Paulo, na madrugada desta sexta-feira (24). Leonardo e Ítalo passaram nove horas em cativeiro em Itaquaquecetuba. O grupo teria efetuado transações bancárias usando PIX com os celulares das vítimas.
De acordo com um encarregado da empresa em que as vítimas trabalham, Leonardo e Ítalo estavam na rodovia Presidente Dutra, no município de Guarulhos, por volta das 15h30, quando foram abordados por um grupo com quatro homens.
Os trabalhadores foram levados para um cativeiro na rua dos Vereadores, na altura do 278, no bairro Jardim Maria Eliza, em Itaquá.
O encarregado conta que a empresa acompanha a localização dos funcionários para garantir a segurança deles, e que começou a se preocupar quando não teve nenhum retorno.
Por volta das 23h, Leonardo, uma das vítimas, conseguiu encaminhar uma mensagem para Rogério com a localização do cárcere e um texto com uma única palavra "sequestro". O funcionário da empresa acionou a Polícia Militar que deslocou uma equipe para o endereço.
De acordo com o sargento Denilson, que acompanhou a ocorrência, o local do cárcere é de difícil acesso, e, por isso, as equipes tiveram que manter contato com Rogério para poderem chegar com maior precisão à localização.
Segundo o sargento, o endereço é uma comunidade com oito casas e, ao chegarem no local, os agentes iniciaram buscas pelos quintais. As vítimas foram encontradas dentro de uma casa, deitadas no chão, e sem ferimentos.
Em um vídeo, policiais mostram o interior da residência em que os homens foram mantidos. Nas imagens, uma das vítimas aparece chorando, e muito abalada.
Durante a busca, os policiais escutaram uma movimentação nos telhados. No interior de uma outra casa, um jovem, de 17 anos, foi localizado. Ele teria confessado a participação na ação e que teria vigiado os reféns no cativeiro para ganhar R$ 400.
Três outros homens que participaram do crime fugiram antes da chegada da PM.
O carro dos funcionários foi levado para um outro endereço, e até o momento, não foi encontrado. O caso foi encaminhado ao Distrito Policial Central de Itaquaquecetuba, delegacia em que o boletim de ocorrência foi registrado como sequestro e cárcere privado.