Um funileiro de 34 anos foi preso nesta quarta-feira (19) na região de Ermelino Maratazzo, na zona leste de São Paulo, por suspeita de ter assassinado a educadora Priscila Tatiana Gonçalves de Almeida da Silva, de 28 anos. O corpo da vítima havia sido encontrado carbonizado no banco traseiro do próprio carro, no Capão Redondo, zona sul da capital estadual.
Há cerca de um mês, Priscila teria rompido um relacionamento de dez anos com o suspeito. Segundo a Polícia Civil, ela foi vista pela última vez no dia 17 de julho em um supermercado de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), cidade onde residia. Testemunhas relataram à polícia que o ex-companheiro teria sido a última pessoa a estar com a professora.
O homem foi detido por policiais do 62º DP (Ermelino Matarazzo) em uma oficina mecânica na rua Doutor Joaquim Augusto de Camargo, após uma denúncia anônima. Ele negou envolvimento no crime, mas a delegada Magali Celeghin Vas, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), diz que não há dúvidas sobre a autoria e o motivo do assassinato.
"Ele foi a última pessoa que teve contato com a Priscila e entrou no veículo dela. Ele queria reatar o relacionamento. Foram casados durante dez anos, fazia um mês que ela tinha rompido o relacionamento e ele não aceitava o fim", afirmou a delegada responsável pela investigação.
Indícios
Ainda de acordo com informações do DHPP, há outros indícios que confirmariam a participação do funileiro na morte da professora. Sabe-se que o autor do crime utilizou solvente para incendiar o carro da professora e o ex-marido tinha sido visto por testemunhas com galões de tinner, em São José dos Campos.
Além disso, uma garrafa de cerveja da mesma marca encontrada na casa do suspeito foi achada ao lado do carro e o celular dele foi recuperado por policiais civis a cerca de 6 km do local onde o corpo foi abandonado.
O funileiro foi indiciado e prisão temporária de 30 dias — prorrogáveis pelo mesmo período — decretada pela Justiça.