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Governo de SP pode terceirizar atendimento do 190

Governo alega que o objetivo é liberar parte dos 700 policiais do serviço para que voltem às ruas

São Paulo|

A Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo estuda terceirizar para empresas contratadas em licitação o atendimento por telefone de emergências da Polícia Militar, o 190. O governo alega que o objetivo é liberar parte dos 700 policiais do serviço para que voltem às ruas em patrulhamento.

Estudo feito pela PM apontou que com 150 mil ligações por dia, o atendimento de 190 — que funciona 24 horas — deveria contar com 1.200 homens. Sem ter com tirar mais policiais das ruas, o Estado decidiu testar um modelo já implantado em alguns Estados, como Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro e Sergipe.

Em São Paulo, o serviço terceirizado começa como projeto-piloto na capital, em Osasco e em São José dos Campos. O modelo de licitação já está definido e aguarda aval jurídico. As equipes contratadas serão treinadas e trabalharão sob orientação de policiais, segundo a PM.

Fernando Grella Vieira disse que "essa medida faz parte de uma atividade que já está sendo desenvolvida faz um tempo pela Polícia Militar". Hoje, 80% das 150 mil chamadas do 190 em São Paulo não geram uma ocorrência policial, são pedidos de informação, comunicação diversa, trote, entre outras.

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Polêmica

A proposta de terceirizar o 190 é duramente criticada por especialistas em segurança pública, como Guaracy Mingardi, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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— Há mais contras do que prós. O argumento de que é para reforçar o policiamento na rua não procede. Esses policiais vão continuar em funções administrativas, até porque boa parte deles não tem mais perfil para isso. Foi assim quando acabaram com a função de barbeiro na PM.

Para Mingardi, se metade dos 700 policiais que atuam nos 15 Comandos de Operação da Polícia Militar for liberada do atendimento, o número é muito baixo para resolver o problema da falta de policiais nas ruas. Outro problema é a capacitação dos atendentes.

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— Um policial com um ano de rua sabe como lidar com as ocorrências policiais. Como você vai preparar alguém para isso?

Para o coronel da reserva José Vicente da Silva Filho, especialista em segurança pública, o ideal seria optar por policiais aposentados ou com problemas de locomoção para receber e encaminhar as ocorrências.

Como funciona hoje

Quando alguém liga ao 190, a ligação é direcionada para uma das 15 centrais da PM do Estado, de acordo com a área da origem da chamada. O policial atende e faz uma triagem. Para os casos que demandam ação policial, são colhidas informações específicas e encaminhadas diretamente para o setor. Os dados chegam para os despachadores que distribuem as ocorrências conforme o batalhão da área. Na tela do computador, o policial visualiza a viatura mais próxima e aciona a equipe por rádio

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