A morte da estudante Maria Andreia Soares da Silva, encontrada em Ferraz de Vasconcelos, completa um mês nesta quarta-feira (7) sem que a polícia tenha esclarecido o crime. A jovem era estagiária em uma produtora e relatou aos colegas da empresa que tinha vontade de deixar a cidade por ser um local violento, além de distante da faculdade e do trabalho. Ela comentou ainda que estava sendo perseguida por alguém.
A editora de vídeo Letícia Fernandes disse que Andreia comentou dias antes da morte que havia alguns caras, mais do que o usual, ''dando em cima'' dela naquele momento.
— Comentou que havia um rapaz no trem que gostava de puxar conversa, era educado, mas ela fugia dele porque não queria passar a viagem conversando, mas sim dormindo e ouvindo música.
O chefe de Andreia, Paulo Ukei, afirmou que ela era muito dedicada e comentava que pretendia ter um aumento salarial para mudar de residência e estava fazendo cursos para isso. Andreia também comentou com ele sobre perseguição e afirmou que foi beijada a força.
— Ela chegou a comentar que no percurso de trem na volta pra casa tinha um rapaz que tentava uma aproximação. Inclusive que em uma ocasião o rapaz até tentou beijá-la.
Jovem morta em Ferraz de Vasconcelos sentia que estava sendo seguida, diz mãe da vítima
A polícia ouviu de colegas da faculdade de Maria Andreia que haveria um homem supostamente "apaixonado" por ela. Ele foi identificado e chegou a prestar depoimento, mas conseguiu provar que estava em outro local no momento do crime e foi liberado.
O pai da vítima, que registrou boletim de ocorrência e foi avisado por uma vizinha que o corpo de uma jovem havia sido encontrado na região. Os irmãos de Maria Andreia foram até o local e reconheceram o corpo.
Ela estava desaparecida desde o início da madrugada do mesmo dia, quando voltava de um jantar com as amigas. O corpo foi encontrado vestido, com marcas no pescoço e punhos. A universitária foi abordada, já na rua de casa, por um desconhecido. Imagens de segurança de uma câmera de outra casa na rua mostram, 0h34, a menina sendo seguida e abordada. Os dois começam a conversar e voltam a andar. Depois disso, ela não foi mais vista viva.
Caso recebesse uma promoção no trabalho, Andreia pretendia dividir o apartamento com uma amiga e deixar de morar em Ferraz de Vasconcelos, onde foi morta, na rua de casa.