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Metrô de SP abre três estações com operação reduzida nesta quarta (6)

Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin vão funcionar das 10h às 15h

São Paulo|

Obras da estação Alto da Boa Vista, em agosto de 2017
Obras da estação Alto da Boa Vista, em agosto de 2017 Obras da estação Alto da Boa Vista, em agosto de 2017

As Estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin, da Linha 5-Lilás do Metrô, na zona sul da capital paulista, serão abertas ao público nesta quarta-feira (6) com operação assistida. As paradas vão funcionar das 10h às 15h e, por enquanto, não terão nenhuma cobrança de tarifa. A inauguração é a primeira na rede metroviária em três anos — a última estação aberta havia sido a Fradique Coutinho, em Pinheiros, zona oeste, da Linha 4-Amarela. A rede local passa a ter agora 84,2 quilômetros.

O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirma que alguns detalhes das obras ficarão para depois da abertura. O destaque, para o passageiro, é um dos acessos à Estação Borba Gato, pela Rua Adolfo Pinheiro, que começa sem os elevadores. "Devem ser instalados antes do início da operação comercial", afirma. Não há data para o início do funcionamento com horário ampliado.

Outro ponto é a falta das chamadas portas de plataforma — as barreiras de vidro entre o vão dos trilhos e o piso. Essas ainda não têm prazo para ficar prontas. O Metrô afirma que a Bombardier, a fabricante canadense de trens contratada para fornecer esses equipamentos, não cumpriu os contratos. A empresa, ainda de acordo com a companhia, foi multada em R$ 37,3 milhões. A reportagem não conseguiu contato com a Bombardier para comentar os atrasos.

Acesso

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O usuário que decidir conhecer os novos locais poderá embarcar gratuitamente em qualquer uma das novas paradas e circular, pelos trens, por elas. Mas apenas até a Estação Adolfo Pinheiro — a última em operação comum da rede. Ali, os passageiros terão de desembarcar e serão orientados por placas e pelos funcionários sobre como proceder para chegar à área paga da rede — a Linha 5-Lilás é conectada com a Linha 9-Esmeralda da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que, por sua vez, dá acesso à Linha 4-Amarela e, assim, ao centro da cidade.

As novas estações fazem parte de uma série de inaugurações programadas para este ano: há seis novas em obras na Linha 5-Lilás. Uma das vantagens do novo ramal, segundo a gestão Geraldo Alckmin (PSDB), é justamente reduzir o número de conexões que o morador da zona sul tem de fazer para alcançar a região central da cidade, onde está a maioria dos empregos.

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A nova linha, porém, tem sete estações previstas. A Estação Campo Belo será "pulada" e só deve ser aberta no ano que vem. "Tivemos dificuldade com uma das desapropriações, que atrasou no Tribunal de Justiça", afirma o secretário Pelissioni. As estações abertas nesta quarta também tinham previsão de inauguração mês passado, mas houve serviços de acabamento que não ficaram prontos — a linha era prometida para 2014 e chegou a ficar paralisada por ordem da Justiça, por causa de suspeitas de atuação de cartéis tanto de empresas de engenharia quanto de trens.

Até o ano que vem, eleitoral, a gestão Alckmin deve entregar 21 estações. Fora as sete paradas da Linha 5-Lilás, na zona sul, há três na Linha 4-Amarela (Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e Morumbi), além de oito estações da Linha 15-Prata, o monotrilho da zona leste, ao longo da Avenida Professor Luís Ignácio de Anhaia Mello, e três na Linha 13-Jade, da CPTM, que fará a conexão por trilhos entre a capital e o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos.

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Entretanto, Alckmin terminará o mandato sem cumprir algumas promessas: o monotrilho da Linha 17-Ouro, na zona sul, ao longo da Avenida Jornalista Roberto Marinho, e a Estação Vila Sônia, da Linha 4-Amarela, ficarão para 2019.

Funcionários

As estações abertas nesta quarta deverão ser operadas, até o fim do ano, pela iniciativa privada. A Linha 5-Lilás é alvo de um programa de concessão tocado pelo Metrô que deve escolher um parceiro privado para explorá-la. Uma das vantagens do modelo seria a possibilidade de contratar mais pessoal para a linha, liberando metroviários para os demais ramais (as Linhas 1, 2 e 3, uma vez que a Linha 4 já é privatizada). O sindicato dos funcionários da empresa, contrário ao programa de concessão, marcou protesto para esta quarta, na hora da abertura.

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