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Ministério Público de SP abre investigação contra Monark após fala de partido nazista

Junto do deputado Kim Kataguiri, youtuber também é investigado pelo Ministério Público Federal por suposta apologia do nazismo

São Paulo|Gabriel Croquer, do R7

Monark pediu desculpas por comentário; Kim defendeu seu argumento e rechaçou apologia
Monark pediu desculpas por comentário; Kim defendeu seu argumento e rechaçou apologia Monark pediu desculpas por comentário; Kim defendeu seu argumento e rechaçou apologia

O Ministério Público de São Paulo abriu nesta terça-feira (8) um inquérito civil contra o youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, e a empresa Flow Podcast, depois que o apresentador defendeu a possibilidade da formação de um partido nazista no Brasil durante uma discussão sobre liberdade de expressão com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP). Ele pediu desculpas após o comentário e foi desligado do programa

"A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião. [...] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei", disse durante a entrevista. 

No ofício, os promotores Anna Trotta Yaryd e Reynaldo Mapelli Júnior consideram o conteúdo da fala inquestionavelmente "nazista e antissemita" e rechaçam a liberdade de expressão que permitiria a ideia. 

"A criação de um partido nazista representa, em síntese, a criação de um partido político feito para perseguir e exterminar pessoas, notadamente judeus, mas também pessoas com

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deficiência, LGBTQIA+ e outras minorias. O caráter racista, antissemita e o proselitismo

nazista em um podcast assistido por mais de 400 mil pessoas reclamam a atuação desta Promotoria", escreveram. 

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Além de investigar a conduta de Monark e do Flow Podcast, a investigação terá como objetivo avaliar se houve "dano moral coletivo ou difuso ou mesmo dano social". 

Os promotores também oficiaram a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), a Embaixada de Israel no Brasil, o Consulado de Israel e outras entidades israelitas ou judaicas sobre o inquérito civil.

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Ao ouvir a fala de Monark, Tabata Amaral afirmou que o nazismo é um risco, especialmente para a comunidade judaica. "Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica, e isso coloca uma população inteira em risco", afirmou a parlamentar. 

Ela ainda questionou Kim Kataguiri se ele considera ser "errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo", ao que o deputado respondeu afirmativamente. Monark e Kataguiri se tornaram alvos de investigação no MPF (Ministério Público Federal) por conta dos comentários.

Após a repercussão do caso, Monark pediu desculpas e foi desligado do Flow Podcast. Kim Kataguiri gravou um vídeo para se defender das acusações de apologia do nazismo e disse que defendeu apenas a liberdade de expressão irrestrita como uma estratégia de combate ao movimento. 

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