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Não há indício de abuso em alunas de Barueri, diz laudo

O ex-monitor do colégio está preso desde maio com base no relato das três crianças

São Paulo|

Laudos periciais indicam que não há indícios de abuso sexual em três meninas que, de acordo com a polícia e o Ministério Público, teriam sido supostamente molestadas por um ex-monitor do colégio Mackenzie de Barueri, na Grande São Paulo. Os documentos foram elaborados no IML (Instituto Médico-Legal) e anexados ao processo na semana passada.

Antônio Bosco de Assis, de 44 anos, está preso desde maio deste ano com base no relato das três crianças. O depoimento das menores foi recolhido sem a presença de um profissional especializado, alega a defesa.

A advogada Anabella Marcantonatos entrou na tarde de segunda-feira (24), com um pedido de habeas corpus para o ex-monitor. Segundo ela, há inconsistências nas afirmações do delegado sobre data e local do crime, falta de laudos no processo, provas que não foram apresentadas e perigo na demora (risco de decisão tardia, no caso de manter preso um inocente).

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— Não há nada que o ligue à cena. Peço que a investigação seja colocada em xeque e seja aberta uma nova instrução. Tudo o que queremos é uma investigação e um julgamento justo. Ele é inocente e quem não deve não teme.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo da semana passada revela que o delegado Alexandre Palermo, do 2º DP de Barueri, declarou à página "Reclamômetro de Alphaville", em uma rede social, que a polícia não sabe a data, o local exato nem como se deu o suposto crime. Segundo a reportagem, o advogado teria dito: "Estamos falando de meninas de três anos, que não têm capacidade de precisar os eventos no tempo e no espaço". As declarações contradizem o inquérito dele e a denúncia do MP à Justiça, que apontam o local e a data de 22 de abril para o suposto abuso.

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O pedido de habeas corpus, segundo Anabella, foi distribuído eletronicamente às 17h de segunda-feira. Na quarta-feira (26), ela deve ir ao Tribunal de Justiça, na Sé, no centro da capital, para "tentar adiantar a distribuição e achar um relator". Assis está preso preventivamente desde 8 de maio.

— O prazo para a prisão venceu, porque o máximo são seis meses. Mas ainda não há sentença.

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Ela tem o prazo de cinco dias para se manifestar sobre os laudos anexados ao processo.

— Não sei por quê o laudo está sob conclusão na mão da juíza. Eu não entendi por que ela já abriu vista. Nós ainda temos de nos manifestar sobre o laudo.

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