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Nasce em SP bebê gerado em útero transplantado de doadora morta

Caso é o 1º no mundo e foi conduzido pela equipe do Hospital das Clínicas 

São Paulo|Vania Souza, da Agência Record

Equipe médica do HC que realizou o transplante
Equipe médica do HC que realizou o transplante Equipe médica do HC que realizou o transplante

Nasceu na sexta-feira (15), no Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da USP), o primeiro bebê gerado em útero transplantado de doadora morta do mundo. A criança nasceu saudável após cesárea. Mãe e bebê passam bem e estão sendo acompanhadas por equipe multidisciplinar do Hospital das Clínicas.

A mulher, que recebeu o útero em setembro de 2016, em procedimento pioneiro realizado pelo HC, tem a síndrome de Rokitanski, e por esse motivo nasceu sem o órgão. A doadora teve morte cerebral e seu útero foi colocado no corpo da receptora, em uma cirurgia que durou 10 horas para serem religadas todas as veias e artérias, assim como a saída do útero para a vagina.

Após o transplante inédito no mundo e a boa aceitação do novo órgão na paciente, os médicos iniciaram o processo de transferência de embriões, com os óvulos da mulher e espermatozoides de seu marido. Na primeira transferência, e com um único embrião, o procedimento foi bem-sucedido e teve início a gestação. Segundo a equipe médica, a gravidez foi saudável desde o início e todos os exames apresentaram resultados normais.

O grupo de Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo do HCFMUSP tem vasta experiência, com quase 2.000 transplantes realizados. O projeto é coordenado pelos professores Dr. Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque (Serviço de Transplante e Órgãos) e Prof. Dr. Edmund Chada Baracat (Divisão de Ginecologia-Centro de Reprodução Humana). A técnica foi implementada pelos médicos Dani Ejzenberg e Wellington Andraus.

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