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Plano de contingência será entregue mas não deve ser usado, diz Alckmin

O plano, prometida para o fim de junho, foi chamado por Alckmin de "papelote inútil"

São Paulo|

Alckmin chamou o plano de "papelote inútil"
Alckmin chamou o plano de "papelote inútil" Alckmin chamou o plano de "papelote inútil"

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (3), que, apesar do atraso, o plano de contingência do governo estadual e da Sabesp para enfrentar a crise hídrica será entregue, mas afirmou que ele não será utilizado, pois não haverá rodízio nem falta de água. O plano, cuja conclusão foi prometida para o fim de junho, foi chamado por Alckmin de "papelote inútil".

— É outro papelote inútil, só para gastar dinheiro público. Não vai ser aplicada contingência nenhuma. Nós vamos atravessar o período seco sem nenhum rodízio, mas o Brasil é um grande cartório. Tem de fazer papel, gastar dinheiro, para ficar na gaveta, para todo mundo ser cobrado. Vai ter plano de contingência, mas não vai ser utilizado, porque não vai faltar água.

A declaração foi dada após a cerimônia de assinatura de contrato de um financiamento de R$ 48,3 milhões da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para quatro novos projetos de água de reúso e tratamento de esgoto da Sabesp.

As quatro ações da Sabesp receberão um investimento total de R$ 60,3 milhões, sendo R$ 48,3 milhões financiados pela agência federal e R$ 12 milhões em recursos próprios da Sabesp. Os projetos terão prazo de 30 meses de execução e avaliação de resultados.

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Os quatro projetos envolvem novas tecnologias de aumento da produção da água de reúso para a Grande São Paulo, uso da casca de coco para eliminar mau cheiro do esgoto, tocha de plasma para transformar o lodo do esgoto em asfalto e uso da luz solar para secar o lodo do esgoto. Todos, segundo a Sabesp, são inéditos no Brasil.

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou que as novas tecnologias serão compartilhadas com outras empresas de saneamento e que já existem conversas com a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) para levar os projetos para o Estado fluminense.

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Investimentos

Os investimentos foram anunciados depois de a Sabesp ter informado que cortará recursos destinados ao esgoto para focar em água.

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No fim de março, quando divulgou queda de R$ 1 bilhão nos lucros, por causa da crise, a Sabesp anunciou uma redução de 26% nos investimentos para este ano, de R$ 3,2 bilhões para R$ 2,36 bilhões, em relação ao valor aplicado no ano passado. Na ocasião, a companhia informou que para garantir "as obras necessárias para manter a segurança hídrica" na Grande São Paulo, prioridade da empresa, reduziria em 55% os investimentos em coleta e tratamento de esgoto.

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