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PM envolvido na morte de travesti foi condenado por atirar em sobrinho

Ailton de Jesus foi condenado por disparo de arma de fogo; crime aconteceu em 2009

São Paulo|Caroline Apple, do R7

PMs mentiram no caso da morte de Laura
PMs mentiram no caso da morte de Laura PMs mentiram no caso da morte de Laura

O policial militar Ailton de Jesus, de 43 anos, detido no último sábado (20) por suspeita de envolvimento na morte da travesti Laura Vermont, respondeu a um processo por disparo de arma de fogo após atirar, fora do horário de trabalho, em um sobrinho em dezembro de 2009.

O caso, a princípio, foi tratado como tentativa de homicídio, mas a Justiça entendeu que o tiro, que feriu o pé da vítima, não foi dado para matar. Ailton foi condenado em outubro de 2014 e teve a prisão relaxada. No lugar da detenção de dois anos e dez meses, o PM teve que prestar serviços comunitários e pagar o valor de dois salários mínimos corrigidos para alguma entidade social pública ou privada.

De acordo com o processo de dano moral movido pela vítima, a confusão começou quando Ailton começou encarar o sobrinho, que também era seu vizinho. Quando o sobrinho perguntou "o que [ele]estava olhando", o PM foi até a vítima a xingando de "folgado, moleque e entre outros palavrões". Foi quando Ailton puxou a arma dizendo "você merece isso aqui", disparando em direção ao sobrinho.

Em depoimento, a mulher da vítima afirmou que a raiva de Ailton contra o sobrinho começou por causa de uma discussão devido ao uso do aparelho de som em frente à casa do policial.

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No processo de disparo de fogo consta a informação de que o tiro ou os estilhaços da bala pegou no pé da vítima, fator determinante para alterar o crime de tentativa de homicídio para disparo de arma de fogo. De acordo com o documento, "o disparo de arma de fogo em questão não foi dado em região nobre do corpo da vítima, capaz de levá-la a óbito embora o réu pudesse fazê-lo, pois na condição de policial militar possuiu domínio do manuseio de armas. Ao que tudo indica, o disparo em tela foi efetuado em direção ao chão tanto que a vítima feriu-se no pé. Não se sabe se por estilhaços ou pelo disparo. E tratou-se de um único disparo, embora a arma utilizada estivesse carregada."

A vítima teve o pedido de indenização por dano moral negado pela Justiça, porque o processo foi aberto contra o Estado de São Paulo. Porém, a Justiça entendeu que o processo deveria ser aberto contra a pessoa física, já que o PM não estava em horário de trabalho.

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Morte da travesti

Os PMs Ailton de Jesus e Diego Clemente Mendes, de 22 anos, do 39º Batalhão, na zona leste de São Paulo, foram presos em flagrante após mentir para a Polícia Civil sobre um tiro disparado contra a travesti Laura Vermont.

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De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), os dois PMs envolvidos na ocorrência foram detidos por fraude processual e falso testemunho e encaminhados ao Presídio Militar Romão Gomes. Segundo a secretaria, a conduta dos policiais também está sob investigação da Corregedoria da corporação.

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