A Polícia Civil do Estado de São Paulo criou um banco de dados de pedófilos inédito no Brasil. A tecnologia contará com dados pessoais dos criminosos, como nome completo, filiação, endereço, fotografia, além de detalhes da dinâmica do crime e informações sobre as vítimas.
Mas a iniciativa já recebe críticas por ser limitada. O banco não possui, por exemplo, impressões digitais e o DNA do pedófilo. Segundo a Polícia Civil, não existe previsão para que essas informações genéticas sejam incluídas.
O objetivo dessa ação é tentar reduzir o número de casos no Estado, já que no ano passado mais de 3.000 crianças e adolescente foram vítimas de abuso sexual, número 10% maior do que 2011.
O banco de dados só recebe dados registrados nos municípios paulistas. As informações são colhidas nos distritos policiais e enviados para a Delegacia de Repressão à Pedofilia, a única especializada no país. O cadastro vai servir para criar uma cartilha com informações para as famílias, além de estratégias de prevenção.
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A partir dos dados, a Polícia Civil conseguiu traçar um perfil dos crimes. Em 80% dos casos, as meninas é que são abusadas, das quais 60% tem entre 7 e 13 anos. Já os criminosos, 40% tem entre 18 e 40 anos e a maioria tem alguma relação de parentesco com a criança ou próxima da família.
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