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Protestos contra a Copa poderão ser contidos com jatos de água e tinta em SP

Contrato para a compra de quatro caminhões será assinado nessa semana, diz PM

São Paulo|Amanda Mont'Alvão Veloso, do R7

Jato de tinta é usado em protesto na Cidade do Cabo, na África do Sul. O objetivo é identificar os manifestantes
Jato de tinta é usado em protesto na Cidade do Cabo, na África do Sul. O objetivo é identificar os manifestantes Jato de tinta é usado em protesto na Cidade do Cabo, na África do Sul. O objetivo é identificar os manifestantes

Os protestos contra a Copa do Mundo realizados em São Paulo poderão ser contidos com jatos de água, tinta colorida e gás lacrimogêneo. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Roberto Meira, o contrato para a compra de quatro caminhões que disparam os jatos deverá ser assinado ainda nesta semana.

A empresa estrangeira vencedora da licitação tem até 210 dias para entregar os veículos, mas a PM vai pedir a entrega antecipada de pelo menos um caminhão para que seja utilizado nas manifestações que deverão tomar as ruas em junho, quando ocorre o mundial de futebol.

Segundo Meira, os caminhões serão comprados para evitar o contato corporal entre policiais , manifestantes e vândalos.

— Esses caminhões geralmente são usados quando se tem a presença de vândalos violentos.

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A ideia é que os manifestantes sejam identificados pela tinta. O jato atinge até 60 metros.

Na avaliação do coronel, a polícia está aprimorando a atuação nas manifestações e adotando estratégias diferentes, como o isolamento de vândalos.

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— Não significa que essa estratégia será utilizada todas as vezes. Só quando for necessário.

Para a quarta manifestação contra a Copa do Mundo, marcada para o dia 27 de março, na praça do Ciclista, na avenida Paulista, o coronel informa que a operação ainda está sendo finalizada, mas o efetivo deverá ser superior a 2.000 policiais militares.

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— Quem é o prejudicado com isso? É a própria sociedade, porque vou ter de tirar esses policiais de todas as áreas da capital. Se eu não colocar esse efetivo e acontecer alguma coisa, qual será a notícia do dia seguinte? “A polícia foi omissa e não adotou medidas”. Eu prefiro ser precavido, proativo e colocar um efetivo à altura.

Antonio Carlos da Ponte (dir), secretário-adjunto de Segurança do Estado, diz que a polícia está acompanhando os protestos
Antonio Carlos da Ponte (dir), secretário-adjunto de Segurança do Estado, diz que a polícia está acompanhando os protestos Antonio Carlos da Ponte (dir), secretário-adjunto de Segurança do Estado, diz que a polícia está acompanhando os protestos

Segundo o secretário-adjunto de Segurança do Estado de São Paulo, Antonio Carlos da Ponte, tanto a Polícia Civil quanto a Militar estão acompanhando os protestos para garantir o direito de expressão dos manifestantes.

— Claro que esse direito passa por um acompanhamento, pois não se pode confundir o direito de se manifestar com o ato de depredação ou de violência.

Greve dos agentes penitenciários

O coronel Meira esteve presente na abertura da 9ª ISC Brasil – Feira e Conferência Internacional de Segurança, realizada em São Paulo nesta quarta-feira (19), e também comentou sobre a greve dos agentes penitenciários do Estado, que completa nove dias.

Segundo ele, a paralisação dos funcionários causa transtornos para a rotina dos presos e principalmente para a Justiça, uma vez que audiências são adiadas.

— Ainda não tivemos problemas com relação às visitas, o que é essencial para os presos e familiares e até mesmo para a tranquilidade do sistema prisional. Mas se isso acontecer, obviamente será um sinal de alerta para nós todos.

Os sindicatos que representam os agentes penitenciários do Estado de São Paulo se reuniram com o governo na última terça-feira (18) e decidiram manter a greve da categoria.

Os agentes agora ameaçam suspender as visitas de fim de semana aos presos.

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