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Represa Atibainha tem mais 5 dias de volume morto

Nível da reserva profunda caiu drasticamente em um mês

São Paulo|Com R7

Vacas pastam na área do reservatório nas represas do Cantareira
Vacas pastam na área do reservatório nas represas do Cantareira Vacas pastam na área do reservatório nas represas do Cantareira

Responsável por garantir nas últimas três semanas o abastecimento de água de 6,5 milhões de habitantes da Grande São Paulo que ainda dependem do Sistema Cantareira, o volume morto da Represa Atibainha, em Nazaré Paulista, está prestes a acabar.

Dos 78,2 bilhões de litros da reserva profunda do segundo principal reservatório do manancial, restavam na quinta-feira (2) apenas 6 bilhões de litros, o suficiente para cinco dias de bombeamento, segundo especialistas.

Nesta sexta-feira (3), o volume do Sistema Cantareira chegou a 6,4% da capacidade, índice 0,2% inferior ao registrado ontem. 

O volume morto da Atibainha começou a ser retirado pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) no dia 15 de agosto, quando o volume útil, que é a água represada acima do nível do túnel de captação e transportada por gravidade para a região metropolitana, zerou. Em um mês e meio, o nível da reserva profunda caiu de 79,9% para 6,4% da capacidade.

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O esvaziamento foi acelerado a partir do dia 19 de setembro, quando a Sabesp desligou as bombas que sugavam o volume morto das Represas Jaguari-Jacareí, em Joanópolis. Desde então, é a Atibainha que tem garantido água para as zonas norte, oeste e central da capital.

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Para o governador Geraldo Alckmin, a coisa está sob controle.

— São cinco represas interligadas. Nós temos cinco grandes represas: Jaguari-Jacareí, Cachoeira, Atibainha, e Paiva Castro. E ainda temos uma segunda reserva técnica, cujas obras estão praticamente concluídas, e havendo necessidade, pode ser utilizada. Isso elevaria em mais de 10% a capacidade de todo o sistema. A Sabesp está agindo com absoluta responsabilidade. A população está ajudando através do bônus. 

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Com o esgotamento da reserva na próxima semana, restará à Sabesp ainda cerca de 35 bilhões de litros da Represa Jaguari-Jacareí, que são os maiores reservatórios do Sistema Cantareira, com 80% da capacidade total do manancial. O jornal O Estado de S.Paulo apurou que há três semanas a Sabesp estava com dificuldade de captar o volume morto na região por causa da seca, que fez das represas um córrego. A companhia afirmou que fazia manutenção no sistema. Nesta quinta, as bombas foram religadas.

Prazo

Pelos cálculos, essa primeira cota do volume morto do Cantareira deve durar até a primeira quinzena de novembro. Para garantir o abastecimento da Grande São Paulo até março de 2015 sem decretar racionamento oficial, a Sabesp pretende usar uma segunda cota da reserva, de 106 bilhões de litros.

A ANA (Agência Nacional de Águas), um dos órgãos reguladores, condicionou a autorização de uso da água à apresentação de um plano de contingência pela companhia, que prometeu entregar uma versão final na próxima segunda-feira.

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