A seca fez o rio Piracicaba atingir sua menor vazão em 30 anos para setembro, com redução de 82%. Neste mês a média é de 62,88 mil litros por segundo, contra 9,45 mil litros — quantidade apontada na manhã de terça-feira (16), durante a medição realizada pelo DAEE (Departamento de Água e Esgoto) de Piracicaba, no interior de São Paulo.
O rio foi avaliado no trecho em que cruza a área urbana da cidade, próximo ao centro. A profundidade no local estava abaixo dos 80 centímetros, quase metade do esperado para esta época, quando o rio costuma ter pelo menos um metro e meio de profundidade. Com a seca, o cenário de água deu lugar a muitas pedras e vegetação.
A escassez de água tem causado a morte de peixes, como em fevereiro, quando 20 toneladas apareceram boiando. Depois disso, outros casos foram registrados, mas em menor quantidade, o mais recente no mês passado. A Cetesb (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) tem indicado como causa das mortes a falta de oxigênio na água do rio, cada vez mais raso.
Para mudar esse cenário, especialistas dizem ser preciso algumas medidas, como o combate à sujeira da água, somado à volta da chuva. O rio hoje está com nível de poluição mais de cinco vezes acima do aceitável, por outro lado, a meteorologia prevê que talvez volte a chover na região ainda nesta semana, entretanto, o índice pluviométrico não deve ser muito alto.
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Sabesp solicita mais água do volume morto
Limpeza
Nesta semana, um grupo de voluntários percorreu as margens do rio Piracicaba recolhendo a sujeira. Isso se fez necessário porque com o baixo nível muito lixo começou a aparecer chamando a atenção de moradores e representando risco para a proliferação de doenças.
É autorizada o uso da segunda cota do volume morto do Sistema Cantareira: