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Sem verba, Haddad deve rever plano de metas da Prefeitura de São Paulo

Prefeito de São Paulo aponta dificuldades para cumprir planejamento municipal

São Paulo|

Haddad reclama da falta de dinheiro para fazer investimentos
Haddad reclama da falta de dinheiro para fazer investimentos Haddad reclama da falta de dinheiro para fazer investimentos

Sem recursos para investimentos, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), admitiu nesta terça-feira (21) que terá de rever o cronograma do plano de metas, cujo prazo de conclusão se encerra em 2016. Avaliado em R$ 24 bilhões, o programa anunciado em 2013 é ambicioso: prevê a construção de três hospitais, 243 creches, 150 quilômetros de corredores de ônibus e 55 mil moradias, entre outras promessas que demandam tempo e dinheiro.

Haddad disse que, diante da perda de arrecadação com a suspensão do aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e da tarifa do ônibus, a gestão terá de rever o planejamento.

— Ninguém vai deixar de fazer o que é necessário, mas vamos fazer de acordo com o ritmo da receita. Sem as principais fontes, os investimentos terão de ser reprogramados.

Além disso, Haddad já não assegura a execução de todas as metas.

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— Cumprir o plano vai depender do que acontecerá nos próximos anos. Neste ano, estamos muito apertados. Praticamente, não temos recursos para investimentos.

É a segunda vez que um prefeito de São Paulo é obrigado a informar a população o que pretende fazer durante os quatro anos de governo. O programa é uma exigência legal, criada em 2008 por meio de uma emenda à Lei Orgânica do Município. O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) apresentou 223 metas em 2009. No fim de 2012, admitiu ter cumprido 55,1%.

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Ao definir prioridades, Haddad lista Saúde, Educação, Transportes e Mobilidade.

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— Vou tentar minimizar os efeitos (da perda de arrecadação) sobre essas áreas. Por exemplo, o Hospital de Parelheiros está garantido, pois tem recurso do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o preço do terreno é baixo. Creche em terreno público também.

O prefeito considerou que a população está mal informada sobre o impacto da suspensão da lei que aumentou o IPTU em até 35% e da passagem de ônibus. Haddad argumentou que as duas perdas financeiras prejudicam a melhora da qualidade dos serviços e da vida dos paulistanos.

— São Paulo é a capital que menos investe no Sudeste e estamos diminuindo a capacidade. Será que é isso que a cidade quer? A população está bem informada sobre as consequências? Está bom, não aumentou a tarifa nem o IPTU. Está sobrando um pouquinho no bolso de cada um, mas faltando um monte no bolso coletivo, e a Prefeitura somos todos nós.

Dívida

Ao falar sobre a divida municipal, o prefeito, novamente, preferiu não politizar o assunto, muito menos culpar o governo federal pela demora na aprovação final do texto que reduziria os débitos municipais em 40% e aumentaria a capacidade de investimento da Prefeitura. Haddad disse apenas que confia no processo e acredita que a negociação acabe no mandato - até 2016. No fim de 2013, a presidente Dilma Rousseff orientou a base no Congresso a desacelerar o trâmite de votação do projeto para não perder receita em ano eleitoral.

Também depende da gestão federal a aprovação de um projeto que tornaria possível a Haddad manter a tarifa a R$ 3 até o fim do mandato. De acordo com o prefeito, se a ideia de municipalizar a arrecadação com a Cide (Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico), imposto que incide sobre a gasolina, for posta em prática, São Paulo poderia congelar o preço da passagem ou reduzi-la.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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