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Sessão da Câmara tem vereadora e estudantes agredidos pela GCM

Jovens teriam sido tirados do plenário após gritarem palavras de ordem

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7

Vídeo mostra estudantes sendo agredidos pela CGM
Vídeo mostra estudantes sendo agredidos pela CGM Vídeo mostra estudantes sendo agredidos pela CGM

Uma sessão que aconteceu na tarde desta terça-feira (12) na Câmara Municipal de São Paulo acabou com a vereadora Juliana Cardoso (PT) e estudantes agredidos pela GCM (Guarda Civil Metropolitana).

Pessoas que estavam no local no momento em que a confusão começou afirmam que alguns jovens estavam presentes na sessão para protestar contra o projeto Escola Sem Partido, tema que avançou na noite desta segunda-feira (11) no plenário, mas que não estava em pauta na tarde desta terça-feira (12).

De acordo com essas testemunhas, alguns vereadores fizeram falas calorosas em seus discursos destacando e exaltando a Polícia Militar. Depois disso, os estudantes teriam começado a gritar palavras de ordem.

O presidente da Câmara Municipal, o vereador Milton Leite (DEM) teria pedido, então, para que os jovens se retirassem. Segundo testemunhas, os estudantes teriam aceitado sair, mas mesmo assim foi usada a força da GCM para retirar todos do local.

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Os jovens teriam, então acionado a vereadora Juliana Cardoso, que desceu até a garagem da Câmara para ajudar os estudantes. Ela teria se colocado na frente do carro da guarda, que tinha estudantes dentro para serem levados para a delegacia, e disse que aqueles eram convidados dela para a sessão.

Ainda de acordo com testemunhas ouvidas pela reportagem, os guardas não teriam reconhecido a vereadora e a agrediram com spray de pimenta, chave de braço e deram voz de prisão para ela. Ela teria precisado ir até a enfermaria depois das agressões. A situação só teria sido contida depois que outros vereadores e o presidente Milton Leite intercederam por ela.

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Um vídeo obtido pela reportagem mostra algumas agressões que aconteceram na garagem. Também é possível ver que guardas estavam com cachorros que latiam para os estudantes. (Veja abaixo).

Procurada pelo R7, a Câmara afirmou, por meio de nota, que irá apurar a ação da GCM na galeria e no subsolo do prédio. A Casa afirmou também que a presidência "solicitou a retirada de manifestantes da galeria que gritavam durante sessão plenária após o grupo ofender vereadores". Segundo a nota, "antes, o presidente estipulou as regras para a realização da sessão, dizendo várias vezes ao microfone que, para que a sessão pudesse ser realizada, os gritos de ordem poderiam ser feitos pelo grupo no intervalo entre as falas dos parlamentares e não durante".

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O posicionamento da Câmara diz também que "como os vereadores foram interrompidos repetidas vezes e houve conduta inadequada por parte dos manifestantes, foi pedida a retirada dos mesmos da galeria".

A reportagem também questionou a Prefeitura de São Paulo sobre as agressões. Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Urbana afirmou que 12 pessoas foram levadas ao 1º DP “após se recusarem a atender a determinação da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo, para que deixassem a galeria”. Além disso, a pasta afirmou que “determinou a abertura de um procedimento investigatório para avaliar a ação”.

A SSP (Secretaria da Segurança Pública) foi procurada pela reportagem e a Polícia Civil afirmou, por meio de nota, que sete estudantes eram ouvidos, por volta das 21h, no 1º DP. A polícia também afirmou que "a autoridade policial requisitou pericia ao local dos fatos e está ouvindo todos os envolvidos na delegacia".

A vereadora agredida também foi procurada pela reportagem em seu gabinete, mas não retornou a ligação.

Assista ao vídeo:

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