A cidade de São Paulo deve ter, até o fim do ano que vem, 180 km de ruas e avenidas com velocidade máxima de 40 km/h, segundo Tadeu Leite, diretor de Planejamento da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). A partir de segunda-feira (15), a prefeitura vai implementar a redução em mais ruas da região central de São Paulo.
O centro da capital foi a primeira região em que a CET começou a adotar a chamada "Área 40", em outubro de 2013. A velocidade foi reduzida na rótula central, delimitada pelas avenidas Mercúrio e Ipiranga. De acordo com Leite, após a implementação em caráter de teste nesse trecho, juntamente com outras medidas de proteção ao pedestre, as mortes por atropelamento entre 2012 e o ano passado caíram 5% — de 540 para 513 vítimas.
Na segunda-feira, trechos das avenidas Cásper Líbero, Rio Branco, São João, Ipiranga, 9 de Julho, Brigadeiro Luís Antônio e Liberdade e Rua da Consolação, vias que "abraçam" a rótula central, terão a velocidade reduzida pela CET de 60 km/h para 40 km/h, conforme explica Leite.
— A redução tem a ver com ciclovia e com pedestre. A medida também surge onde estão as altas concentrações, com movimento muito forte de pessoas e veículos.
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Ainda em 2014, outras regiões da capital serão incluídas na "Área 40". A prioridade, de acordo com Leite, serão os miolos de bairros movimentados.
— A exemplo do centro, serão regiões onde há muita procura por comércio, serviço, educação e transporte público.
Além da região central, alguns bairros também já tiveram a velocidade reduzida para 40 km/h neste ano. Em setembro, foram 9 kms de vias na Lapa, na zona oeste, e 1,7 km em Santana, na zona norte da capital.
Em Moema, na zona sul, a redução foi implementada em duas fases, ambas em novembro. O bairro tem 54,5 km de ruas com velocidade reduzida para 40 km/h. As próximas implementações, segundo a CET, devem ser em bairros como Santo Amaro, na zona sul, e São Miguel Paulista, na zona leste da cidade.
O engenheiro Horácio Augusto Figueira, mestre em Transportes pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) comenta a mudança.
— Essa velocidade faz com que o motorista tenha uma maior percepção dos pedestres e ciclistas na via. Ele vai ter mais tempo para frear o carro e, em velocidade menor, o automóvel para mais rápido.