Veja quem são as vítimas das chuvas no litoral norte de São Paulo

O temporal que caiu no litoral norte de São Paulo no último fim de semana deixou ao menos 46 mortos e cerca de 40 desaparecidos, segundo os bombeiros. Apenas 12 vítimas haviam sido oficialmente identificadas pelas autoridades até a tarde de terça-feira (21), e a presença de parentes para o reconhecimento de outras é aguardada.

Veja quem são algumas das vítimas que morreram na tragédia:

O menino Eduardo Leonel Chrestan, de 11 anos, morador de Santo André, na Grande São Paulo, é uma das vítimas do deslizamento em Barra do Sahy, na costa sul de São Sebastião (SP). A prima de Eduardo, Dandara Souza, de 10 anos, também morreu na tragédia, e seu corpo foi encontrado sob os escombros.

Eles tinham ido ao litoral para passar o Carnaval com os tios, que também moram na Grande São Paulo e alugaram uma casa na região da Barra do Sahy para o feriado. Os tios são artesãos e queriam aproveitar o “feriadão” para vender itens para turistas na praia.

"É um momento de muito luto, muita tristeza com essa tragédia. A família deve fazer o velório conjunto das duas vítimas”, afirma Julia Vicente, prima de Eduardo.

Também na Barra do Sahy, Bruna Benício, de 28 anos, e a filha Maria Clara, de 8, além da mãe de Bruna, Ângela Benício, foram atingidas pelo deslizamento e morreram. A família era moradora de São Sebastião.

Aniversário

Outras três mortes são de integrantes de um grupo de 11 pessoas que foram para o litoral festejar o Carnaval e aniversário de uma delas, Suellen Cristina, de 35 anos. O grupo, formado por duas famílias, estava hospedado em uma casa que foi atingida pelo deslizamento em Barra do Sahy.

Todos desapareceram, e os corpos dos filhos de Suellen — Joina, de 16 anos, e Felipe, de 9 anos — já foram encontrados. Kevin, de 19 anos e namorado de Joina, é outra das vítimas já localizada.

As família mora na Vila Savério, na zona sul de São Paulo, onde o clima é de consternação e de torcida para que haja sobreviventes entre os escombros.

Paulo César Basílio, que era amigo dos dois grupos que viajaram para Barra do Sahy, conta que eles são tidos por muitos moradores do bairro como pessoas da família. "Gente do bem. Pessoas trabalhadoras. Nosso comunidade está de luto", afirma.