Os corpos de cinco das oito vítimas de um descarrilamento de trem em São José do Rio Preto, no interior paulista, foram enterrados no fim da tarde desta segunda-feira (25), no cemitério da Vila Ercília. Um homem será sepultado em Boa Ventura (PB) e outro corpo permanecia no IML (Instituto Médico Legal), aguardando confirmação da identidade.
Entre os mortos estão um menino de sete anos e uma menina de dois anos. Inicialmente, o parente de uma das vítimas, uma mulher, disse que ela estava grávida de dois meses. No entanto, a Polícia Civil e o IML não confirmam a gestação e aguardam a conclusão dos laudos.
O acidente foi no fim da tarde de ontem. Nove dos 78 vagões de um trem carregado de milho saíram dos trilhos e atingiram duas casas no bairro Jardim Conceição. Em uma das residências, acontecia um churrasco. Outras oito pessoas ficaram feridas, sendo que quatro delas continuavam internadas até as 17h desta segunda-feira.
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Mais de 24 horas após o descarrilamento, as equipes da ALL – América Latina Logística, dona do trem, e do Corpo de Bombeiros permaneciam no local. O último vagão, que atingiu uma das casas, precisava ser serrado para ser removido. A expectativa é que outras vítimas sejam encontradas.
A Polícia Civil ouviu o maquinista do trem. Em depoimento, Donizete Aparecido Herculano disse que tinha percorrido apenas 2,5 km desde a partida quando o painel de controle o avisou sobre uma “anomalia”. Ele comunicou a central e saiu para verificar. Ao percorrer os demais vagões, encontrou um funcionário da empresa que o orientou a retornar para a locomotiva. Segundo o delegado Mauro Truzzi Otero, a população estava revoltada. De acordo com o depoimento, o trem andava dentro da velocidade permitida — 42 km/h, sendo que o limite era de 50 km/h — e não estava com excesso de carga.
A ALL informou que abriu uma investigação interna para apurar o acidente. A empresa ainda acrescenta que está prestando todo o apoio necessário às famílias das vítimas.