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Exame de sangue é capaz de detectar mais de 50 tipos de câncer

Ferramenta será testada pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, com 165 mil pessoas, a partir de setembro

Saúde|Do R7

Em testes anteriores, exame teve alta precisão na identificação de tumores em estágio inicial
Em testes anteriores, exame teve alta precisão na identificação de tumores em estágio inicial Em testes anteriores, exame teve alta precisão na identificação de tumores em estágio inicial

O Reino Unido se prepara para testar com 165 mil pessoas um exame de sangue que promete ser revolucionário na detecção precoce de mais de 50 tipos de câncer.

Chamado de Galleri, o exame já demonstrou ter precisão para verificar alterações moleculares, permitindo a identificação de muitos tipos de câncer de difícil diagnóstico precoce, como de cabeça e pescoço, ovário, pancreático, esofágico e alguns de sangue.

Os testes vão submeter 140 mil britânicos de 50 a 79 anos que não apresentam qualquer sintoma de doença a exames de sangue anuais por três anos.

Qualquer um que tenha o exame positivo será encaminhado para avaliação do NHS (Serviço Nacional de Saúde).

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Os demais 25 mil serão pessoas com possíveis sintomas de câncer, mas que farão o exame para acelerar o diagnóstico.

Os resultados desses estudos são esperados até 2023 e, se forem positivos, a pesquisa será expandida para envolver cerca de 1 milhão de participantes em 2024 e 2025.

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O exame

Segundo o jornal britânico The Guardian, o teste utiliza inteligência artificial para examinar as alterações químicas do DNA eliminado por tumores (padrões de metilação).

Em um teste com 2.823 pessoas, a ferramenta detectou corretamente o câncer em 51,5% dos casos, em todas as fases da doença. A taxa de detecção imprecisa foi de apenas 0,5%.

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Em tumores sólidos que não têm opções de rastreamento — como câncer de esôfago, fígado e pâncreas — a capacidade de gerar um resultado de teste positivo foi duas vezes maior (65,6%) do que para tumores sólidos que têm opções de rastreamento, como mama, cancros do intestino, do colo do útero e da próstata, diz o periódico.

O médico oncologista Luís Henrique de Carvalho explica que já se sabe há algum tempo que tumores "expressam mutações distintas e proteínas diferenciadas", resultado da própria atividade cancerígena.

Ter uma ferramenta que consegue levar isso a termos práticos é, na avaliação dele, mais uma forma de haver diagnóstico e tratamento precoce, o que aumenta significativamente a chance de sobrevida dos pacientes.

"Não há dúvidas de que esse será o futuro da oncologia, em um tempo muito próximo. Testes que detectam a doença de forma precoce e que também possibilitam tratamentos mais direcionados, específicos, com maior resposta à doença e menos sintomas relacionados ao tratamento, como acontece atualmente. São caminhos muito positivos, com grandes perspectivas para alcançarmos bem-estar aos pacientes e controle do câncer.", afirma o oncologista.

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