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Mãe soropositiva luta para manter bebê de oito meses livre do vírus

Nigeriana foi diagnosticada com HIV durante a gestação e passa por visitas recorrentes ao médico para evitar que o filho adquira a condição pela amamentação

Saúde|Da Reuters, com Agência Brasil

Grace Jonathan toma medicamentos e faz tratamentos regulares como prevenção
Grace Jonathan toma medicamentos e faz tratamentos regulares como prevenção Grace Jonathan toma medicamentos e faz tratamentos regulares como prevenção

Grace Jonathan estava grávida quando descobriu que era HIV positivo, no ano passado. A notícia foi um baque. Sua angústia se aprofundou ainda mais quando o noivo a abandonou após testar negativo para a doença.

O pai se tornou seu único apoio durante todo o processo. 

"Quando contei ao meu pai, ele disse que eu deveria deixar tudo com Deus e me incentivou a tomar meus remédios sem parar porque eles são muito importantes. Ele disse que só posso ter problemas se parar de tomar os remédios. Se eu seguir as regras sei que vou ficar bem, por isso estou tomando os remédios", lembrou Grace.

Ela seguiu o conselho do pai e, agora, um ano depois, ela tem um filho de oito meses que está livre do vírus.

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A transmissão de mãe para filho pode acontecer durante a gravidez, parto ou durante a amamentação. É por isso que, todos os meses, Jonathan visita uma clínica local para exames de rotina e coleta de novos medicamentos para ela e seu filho.

"Estou dando a ele os remédios para protegê-lo porque ainda o estou amamentando. Não quero que ele tenha problemas. Preciso proteger a saúde dele", disse. 

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Mas, nem toda criança tem a mesma sorte. Na Nigéria, por exemplo, as infecções pediátricas por HIV estão aumentando. Dados oficiais mostram que mais de 22.000 transmissões de mãe para filho são relatadas anualmente.

Nguavese Torbunde, gerente nacional da Elizabeth Glaser Pediatric AIDS Foundation, disse que 77% dos casos infantis são causados ​​por mulheres que não receberam terapia antirretroviral durante a gravidez e amamentação.

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"Então a gente tem muita lacuna quando você olha a área da criança, quando você olha a área do adolescente. Há muitos problemas em torno do regime de medicamentos", lamentou Nguavese.

Especialistas e ativistas reforçam que, mesmo com o avanço dos medicamentos disponíveis, a discriminação contra grupos vulneráves e pessoas que vivem com HIV reduz o acesso à saúde, impede o diagnóstico precoce e causa mortes por Aids que poderiam ser evitadas com tratamento.

"São necessárias melhores legislações e a implantação de políticas e práticas voltadas para eliminar o estigma e a discriminação que afetam as pessoas que vivem com HIV, sobretudo aquelas em situação de vulnerabilidade. Todas as pessoas têm o direito de ser respeitadas e incluídas", advertiu o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.

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