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Máscara reduz em 6 vezes risco de aluno contrair covid-19 na escola

Estudantes, em silêncio, levariam 8h até a infecção em sala com 20 pessoas, ventilação natural e distância de 1,8m de colegas

Saúde|Do R7

Aulas foram retomadas no Estado de São Paulo
Aulas foram retomadas no Estado de São Paulo Aulas foram retomadas no Estado de São Paulo

Um estudo feito nos Estados Unidos, mostra que o risco de infecção de alunos pelo novo coronavírus, em sala em caso de aulas presenciais, é substancialmente reduzido se todos usarem máscaras e respeitarem as regras de distanciamento social.

A pesquisa, encabeçada por Martin Bazant e John M. Bush, dos departamentos de Engenharia Química e de Matemática do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), mostra que o risco de pegar covid-19 é 6 vezes maior se os estudantes não estiverem com a máscara, ainda que seja de pano.

Além do distanciamento, o estudo leva em conta o número de pessoas em sala de aula; o tipo de ventilação das classes, o que interfere na dispersão de gotículas de ar; e o tempo de exposição dentro do ambiente, que costuma ser fechado.

De acordo com a pesquisa, em uma sala de aula típica dos Estados Unidos, com 19 alunos e 1 professor, todos sem máscaras e em silêncio total, é possível permanecer longe de uma infecção pelo coronavírus por 1,2 hora (1 hora e 12 minutos) no caso de ventilação natural de janelas e portas. Caso haja ventilação mecânica, seria possível ficar longe do vírus por até 7,2 horas (7 horas e 12 minutos).

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Em caso de uso de máscaras, ainda que seja a de tecido, por todas as pessoas da classe, o tempo de segurança sobe para 8h com ventilação natural - portanto, um período 6,6 vezes maior. Se a sala tiver ventilação mecânica, uma espécie de exaustou, o tempo de proteção sobe para 80h - tempo 11 vezes maior do que na primeira hipótese, com todos os alunos sem máscaras.

A dupla partiu da premissa que um dos principais fatores de transmissão da covid-19 é o contato com as minúsculas gotículas que transportam o SARS-CoV-2 pelo ar, normalmente liberadas quando falamos, tossimos, espirramos, cantamos e comemos. 

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O resultado da pesquisa vai ser publicado na edição de abril do PNAS, publicação oficial Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

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A conclusão dos professores do MIT foi de que, com o período comum de aulas nos Estados Unidos, de 6 horas por dia, as transmissões seriam raras com uso de máscaras e ventilação adequada em um grupo escolar formado por até 20 pessoas. No caso do Brasil, é comum as salas de aula terem 40 pessoas por classe.

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Outra condição seria o silêncio total dos alunos, o que praticamente impossível numa sala de aula em qualquer lugar do mundo.

Os pesquisadores desenvolveram um sistema, disponível online e também em português, no qual as pessoas podem usar, colocando dados do ambiente e ventilação, para descobrir qual é o tempo de segurança do ambiente.

O estudo oferece uma diretriz detalhada com base em cálculos para formuladores de políticas públicas, e atende ainda a empresas, escolas e indivíduos que tentam avaliar seus próprios riscos em determinados ambientes.

“Quando você olha para esta diretriz para limitar o tempo de exposição cumulativa, ela considera todos os parâmetros que você acha que deveriam estar lá - o número de pessoas, o tempo gasto no espaço, o volume do espaço, a taxa de ar-condicionado e assim por diante. Todas essas coisas são meio intuitivas, mas é bom vê-las aparecer em uma única equação", explicou John M. Bush, um dos professores responsáveis pelo estudo.

Quem se interessar em saber a segurança dos ambientes escolares pode clicar aqui e ver como funciona.

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