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Soldado recebe primeiro transplante total de pênis e escroto do mundo

Órgãos foram mutilados em Guerra do Afeganistão; transplante de pênis, feito pela Universidade John Hopkins, não é inédito, novidade é a soma do escroto 

Saúde|Deborah Giannini, do R7

Ilustração do transplante total de pênis e escroto da Universidade Johns Hopkins
Ilustração do transplante total de pênis e escroto da Universidade Johns Hopkins Ilustração do transplante total de pênis e escroto da Universidade Johns Hopkins

Um soldado ferido durante combate no Afeganistão foi o primeiro homem do mundo a receber um transplante de pênis e escroto, divulgou nesta segunda-feira (23) a Faculdade de Medicina da Universidade John Hopkins, que realizou a cirurgia.

Foram transplantados o pênis, escroto (sem testículos) e parede abdominal parcial de um doador morto.

"Estamos esperançosos de que este transplante ajude a restaurar funções urinárias e sexuais quase normais para este jovem", informou W.P. Andrew Lee, professor e diretor de cirurgia plástica e reconstrutiva da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em comunicado.

A operação foi feita pela equipe de cirurgia reconstrutiva da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, com sede na cidade de Baltimore, estado de Maryland, nos Estados Unidos. A equipe contou com nove cirurgiões plásticos e dois cirurgiões urológicos. A cirurgia foi realizada no dia 26 de março e durou 14 horas.

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O soldado é um veterano de guerra e desejou permanecer no anonimato. Segundo a Universidade Johns Hopkins, ele já se recuperou da cirurgia e deve ser liberado do hospital nesta semana. Ele afirmou à universidade que não foi fácil de aceitar o ocorrido e que, com a cirurgia, se sentiu “finalmente mais normal” e “com um certo nível de confiança”.

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O cirurgião responsável pela operação explicou, por meio do comunicado, que é possível reconstruir um pênis com tecido de outras partes do corpo e um implante de prótese seria necessário para alcançar uma ereção, no entanto isso traria uma taxa maior de infecção. Além disso, ainda segundo Lee, devido a outras lesões, os militares muitas vezes não dispõem de tecido viável de outras partes do corpo para isso.

Esse tipo transplante, na qual uma parte do corpo ou de tecido é transferido de um indivíduo para outro, é chamado de alotransplante composto vascularizado.

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Como em qualquer cirurgia de transplante, a rejeição é uma preocupação. O paciente é submetido a medicações imunossupressoras para evitar a rejeição.

Segundo a universidade, a equipe de Lee desenvolveu um protocolo de modulação imunológica com o objetivo de minimizar o número desses medicamentos necessários para prevenir a rejeição.

Primeiro transplante do mundo

Não é a primeira vez que um pênis é transplantado. O avanço nesse tipo de procedimentos seria a soma do escroto.

O registro do primeiro transplante peniano é de 2015 realizado por médicos sul-africanos. O procedimento fazia parte de um estudo do hospital Tygerberg e da Universidade Stellenbosch.

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O receptor foi um homem de 21 anos que, após seis meses da cirurgia, anunciou que iria ser pai como modo de confirmar que o órgão estava "funcionando". Ele teve o pênis amputado, mas o escroto preservado, devido a um ritual de circuncisão malsucedido, de acordo com o comunidado do hospital.

Na época, a universidade divulgou, em nota, que encontrar um doador foi um dos maiores desafios do estudo – o órgão usado na cirurgia então inédita foi proveniente de um doador morto.

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