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Tratamentos dirigidos podem ser esperança para pacientes com leucemia

Saúde|

Chicago (EUA), 30 mai (EFE).- A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) apresentou neste sábado vários ensaios clínicos que mostram como os tratamentos dirigidos podem melhorar significativamente os resultados nas pessoas que têm câncer no sangue, como leucemia e linfoma de Hodgkin. Em entrevista coletiva, os autores do estudo explicaram que os novos tratamentos aumentam as remissões do câncer (fase da doença em que não há sinais de atividade dela, mas na qual ainda não é possível atestar como cura), detêm seu avanço e em alguns pacientes aliviam os sintomas debilitantes vinculados à doença. O uso de tratamentos dirigidos contra o câncer consiste na personalização dos métodos farmacológicos baseados na biologia molecular e na genética. Um dos testes apresentados é o Gadolin, em fase III, que demonstrou que um novo anticorpo monoclonal reduz em 45% o risco de morte em um subtipo frequente do linfoma de Hodgkin, o indolente, em pacientes que não tinham respondido a um tratamento prévio. Trata-se de obinutuzumab, o primeiro anticorpo monoclonal que, combinado a quimioterapia, e posteriormente sozinho, permite que seja duplicada a sobrevivência livre de progressão da doença com relação à quimioterapia apenas, como mostra o estudo no qual 396 pacientes participaram. A diretora do estudo, a oncologista da Agência do Câncer da British Columbia do Canadá, Laurie Sehn, explicou na entrevista coletiva que atualmente não há cura para este tipo de linfoma, por isso o objetivo dos tratamentos tem como foco aumentar o tempo que os pacientes permanecem sem sintomas e na remissão da doença. "Este tratamento permite oferecer aos doentes a oportunidade de estar bem por um período significativo de tempo adiando a necessidade de quimioterapia", ressaltou a oncologista. Outro estudo apresentado demonstrou que a combinação de diferentes fármacos melhorou os resultados para pacientes com o tipo de leucemia mais comum nos países ocidentais, a linfocítica crônica (LLC), que não tinham respondido ao tratamento prévio. Nos pacientes que receberam a combinação do inibidor da BTK kinase, denominado ibrutinib, junto ao anticorpo monoclonal rituximab e a bendamustina, foi demonstrado que tinham 80% menos risco de morte e que a doença pudesse continuar do que nos que receberam um placebo. No total, 578 pacientes participaram do estudo. A leucemia linfocítica crônica é um câncer hematológico causado por excesso de linfócito B, um tipo de glóbulo branco. É mais frequente nos países ocidentais desenvolvidos e afeta mais de 300 mil pessoas no mundo. EFE bpc/cdr

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