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Excesso de senhas irrita usuários

Maioria tem mais de conta em mais de cinco serviços, incluindo bancos, e-mails e redes sociais

Tecnologia e Ciência|Do R7*

Pesquisa mostrou que mais da metade dos americanos possuem 5 senhas ou mais
Pesquisa mostrou que mais da metade dos americanos possuem 5 senhas ou mais Pesquisa mostrou que mais da metade dos americanos possuem 5 senhas ou mais

Facebook, Twitter, e-mail, Instagram, App Store, Google, bancos... Se você também se irrita com a quantidade de senhas que tem de decorar para conseguir acessar todos os serviços em que tem conta online, saiba que não é o único.

Uma pesquisa realizada Harris Interactive encomendada pela Jainrain, uma empresa de tecnologia que presta serviço a empresas como Fox, Universal Music e MTV, mostra que, já em 2012, os americanos estavam irritados com o excesso de senhas.

Dados da pesquisa mostram que 58% dos americanos têm 5 ou mais senhas. Cerca de 30% têm mais de 10 senhas e uma em cada dez pessoas têm mais de 20 senhas únicas.

Chamada de Online Registration and Password, a pesquisa ainda incida que os mais jovens têm menos senhas que os mais velhos. Pessoas entre 18 e 34 anos tem, em média, 6,7 senhas, enquanto que os adultos com mais de 34 anos têm média de senhas maior que 8,2 senhas.

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A faixa de idade entre 35 e 44 anos é a recordista de senhas: são 8,7 senhas contando senhas de banco, redes sociais e outros serviços online. Os homens entre 45 e 54 anos, entretanto, têm o maior número de senhas: em média, 9,8.

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Segundo o especialista em segurança da Symantec, empresa fabricante de soluções para segurança online, Paulo Prado, a maioria das pessoas tem, no mínimo, cinco serviços.

— No meu caso, tenho 22 ou 23 senhas.

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Ódio às senhas

Ainda de acordo com a pesquisa Online Registration and Password, feita com 2.208 adultos nos Estados Unidos, duas em cada cinco pessoas, cerca de 37%, têm que usar recursos de websites para se lembrar de nomes de usuário ou senhas pelo menos uma vez por mês.

O excesso de senhas é um problema recorrente para a maioria das pessoas
O excesso de senhas é um problema recorrente para a maioria das pessoas O excesso de senhas é um problema recorrente para a maioria das pessoas

A aversão ao excesso de senhas é tão grande que 38% dos entrevistados disseram até que acham mais fácil resolver o problema da paz mundial do que se lembrar de todas as suas senhas. Cerca de 38% dos entrevistados também disseram que preferem enfrentar tarefas domésticas como lavar e passar do que ter de criar um novo nome de usuário ou senha.

Felizmente, a maioria dos entrevistados disse que tenta criar senhas fortes e variadas para se proteger, buscando fugir de palavras óbvias como “senha”.

Prado, da Symantec, diz que senhas óbvias costumam ser um problema de segurança recorrente. Ele explica que, por uma questão de facilidade, as pessoas acabam escolhendo palavras e combinações de que se lembrem, como “1234”.

— Outro problema é usar a mesma senha em diversos serviços. Se uma pessoa mal-intencionada consegue sua senha em um serviço, ela vai tentar usar em outros. Será a primeira coisa que ela vai fazer.

Deixar as senhas salvas nos dispositivos também é um erro comum, de acordo com o especialista em segurança.

Senhas fortes

Prado explica que existem alguns macetes para criar senhas mais variadas como combinar letras e números, usando, no lugar das letras, números que se parecem com elas, como A e 4, O e 0 e E e 3.

Ao contrário do que parece, usar a mesma senha com variações de números e letras de um serviço para outro ainda oferece riscos, apesar de ser mais seguro que usar exatamente a mesma senha.

— Mas aí entra a avaliação do serviço. Geralmente, com alguns serviços não tão críticos você pode ter um comportamento não tão relaxado.

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Outra opção dada por Prado para lidar com tantas senhas são softwares que gerenciam estes dados. Este serviço, que pode ser oferecido em aplicativos para smartphones e programas de computador, costuma ser seguro.

O especialista da Symantec explica que, no caso dos programas de computador gerenciadores de senha, o arquivo físico produzido por ele fica registrado no HD da máquina, mas, caso alguém consiga acessá-lo, estará totalmente criptografado. Além disso, todos estes softwares usam uma área da memória RAM do computador. Quando a máquina é desligada, todos os dados são cuidadosamente apagados dessa memória.

A criptografia é a melhor estratégia para proteger a senha dos usuários
A criptografia é a melhor estratégia para proteger a senha dos usuários A criptografia é a melhor estratégia para proteger a senha dos usuários

— É sempre um grande desafio porque você acaba dependendo do acesso a este serviço. Se ele de alguma maneira for violado, o acesso fica aberto. Mas estes serviços ou softwares costumam ser bastante confiáveis, pois seu objetivo realmente é guardar.

Como os sites se protegem

Serviços mais críticos como de internet banking têm sua segurança mais reforçada de acordo com Paulo Prado.

O especialista em segurança explica que, além de usar teclados digitais, eles têm um duplo fator de autenticação.

— Isso se traduz por aquela senha tradicional usada com outro componente que é gerado de uma forma semialeatória. Isso já entrega um nível de segurança maior.

Além disso, a criptografia também é usada pelos provedores. Ela é simbolizada pelo símbolo do pequeno cadeado na barra do browser. O mecanismo embaralha os dados usando algoritmos.

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Prado explica que a criptografia é usada (ou deveria ser usada) para guardar as senhas dos usuários.

— Se alguém invadir o sistema, elas [as senhas] serão vistas sem nenhum sentido. Seria bom que todos os serviços guardassem senhas criptografadas, mas esses serviços mais simples, que não querem gastar muito com isso, acabam guardando esses dados não criptografados, o que é um problema bastante grande.

Toda a comunicação feita com bancos e sites de compras devem ser criptografadas, segundo Prado. O risco de não haver o símbolo de criptografia na hora de realizar uma transação é de que tudo esteja passando pela rede em aberto.

— A internet sem segurança é como trafegar em um lugar em que tudo pode ser visto por qualquer um. Não estou dizendo que seja fácil fazer isso, mas é possível.

* Colaborou Amanda Martins, estagiária do R7

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