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CPI Mista da Petrobras recebe pedidos para ouvir ex-contadora de doleiro

Senadora Vanessa Grazziotin e dois deputados querem saber mais detalhes sobre denúncias

Brasil|Da Agência Senado

CPI Mista da Petrobras funciona paralelamente à CPI da Petrobras
CPI Mista da Petrobras funciona paralelamente à CPI da Petrobras CPI Mista da Petrobras funciona paralelamente à CPI da Petrobras

A CPI Mista que investiga irregularidades na Petrobras recebeu três requerimentos para a convocação da contadora Meire Bonfim Poza. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) e os deputados Rubens Bueno (PPS-PR) e Izalci (PSDB-DF) querem saber mais detalhes sobre a mulher que prestou serviços ao doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal, acusado de corrupção e outros crimes.

Um dos líderes da oposição, o deputado Rubens Bueno destaca que a secretária teve acesso privilegiado aos ilícitos cometidos pelo grupo.

— Por ter tido acesso privilegiado ao cerne da quadrilha, bem como aos documentos que servem como prova dos malfeitos por corruptos e corruptores, Meire Poza pode ser considerada hoje uma das principais testemunhas para auxiliar-nos na tarefa de esclarecer fatos e apurar responsabilidades por um dos maiores esquemas de desvio de dinheiro público já descoberto desde o Mensalão.

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A senadora Vanessa Grazziotin afirma em seu requerimento que a contadora pode dar detalhes sobre como Yousseff montava empresas de fachada, organizava planilhas de pagamento, fechava contrato de serviços inexistentes e manuseava notas fiscais frias.

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Votação

A convocação de Meira Poza ainda precisa ser aprovada pela CPI Mista, mas não há data para votação do requerimento. Nesta quarta-feira (13), os parlamentares vão ouvir o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró, autor do documento que serviu de base para que o conselho administrativo da empresa aprovasse a compra da refinaria de Pasadena (EUA), numa negociação que deu prejuízo à estatal.

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A CPI Mista, integrada por deputados e senadores, funciona paralelamente à CPI exclusiva do Senado, da qual participam somente senadores da base aliada do governo, uma vez que membros da oposição se recusaram a fazer parte do colegiado. A CPI exclusiva também se reunirá nesta quarta para análise de requerimentos.

Entenda o caso

O doleiro Alberto Youssef está preso desde março, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Lava Jato, desarticulando uma quadrilha acusada de organizar um esquema de corrupção, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões.

Juntamente com Youssef, foi preso ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, suspeito de receber propina do esquema de corrupção. Costa foi solto em maio e novamente preso em junho, após a descoberta de que teria milhões de dólares em contas no exterior. À CPI do Senado, ele negou as acusações, inclusive a denúncia de que superfaturava contratos.

A operação também trouxe à tona indícios de ligação entre Alberto Youssef e o deputado federal André Vargas (sem partido-PR), que agora está sendo julgado pelo Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.

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