O ex-presidente e sócio da OAS, Léo Pinheiro, deve relatar que assessores do senador Aécio Neves (PSDB) receberam suborno durante a construção da Cidade Administrativa em Minas Gerais quanto o tucano ainda era governador.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, Léo Pinheiro teria documentos de que a obra — a mais cara da gestão de Aécio Neves quando governador de Minas Gerais — fez parte de um esquema de propina organizado junto aos auxiliares do senador tucano.
Conforme relatado, a OAS teria pago 3% do valor da obra em propinas para Oswaldo Borges da Costa Filho, assessor de Aécio Neves.
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Segundo informações de outros tucanos, Oswaldo trabalharia como um tesoureiro informal do partido. Ele também é contraparente de Aécio pois é casado com a filha do padrasto do senador, o banqueiro Gilberto Faria (1922-2008).
Léo Pinheiro ainda não teria assinado o acordo com a justiça brasileira para delatar o esquema que também está sendo investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
Ainda conforme publicado no jornal, o senador mineiro, Aécio Neves, negou veementemente a acusação.
A Cidade Administrativa é um complexo inaugurado em 2010 para abrigar cerca de 20 mil funcionários públicos estaduais de Minas Gerais. A obra foi orçada em R$ 949 milhões de reias mas acabou custando R$ 1,26 bilhão. Entretanto, o gasto total de investimento no complexo chega a R$ 2,1 bilhões.
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