O MPF/RS (Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul) e MP-RS (Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul) receberam recentemente uma comitiva da comunidade judaica para discutir a notícia-crime que foi enviada ao Ministério que fala sobre ofício expedido pela reitoria da Universidade Federal de Santa Maria.
O ofício pede para identificar a presença de israelenses na instituição. Os representantes da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, da Confederação Israelita do Brasil e da B'Nai B'rith — que é uma associação beneficente que atua na área de direitos humanos — estiveram reunidos com a procuradora-chefe da PR/RS (Procuradoria da República do Rio Grande do Sul, Fabíola Dörr Caloy.
O promotor de Justiça Alexandre Saltz também estava presente na sede do MPF/RS na tarde da última terça-feira (16).
Os presentes na reunião manifestaram sentimento de preocupação e de ofensa em relação ao que aconteceu. Eles também solicitaram oficialmente o apoio do MPF, informando que o caso ganhou repercussão até fora do Brasil.
O pedido é para que o MPF analise uma possível Ação Civil Pública contra a Universidade, Reitoria, Pró-Reitoria e demais entidades envolvidas no caso. O crime é previsto na Constituição Federal por tratar-se de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
A procuradora-chefe reiterou que a PF (Polícia Federal) já instaurou um inquérito e que a notícia de fato está em análise na Procuradoria da República em Santa Maria. Entre os acordos, o grupo deverá ser recebido para uma nova reunião na Procuradoria local, mas que ainda será marcada.