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Erro em temperatura compromete lote de vacinas avaliado em R$ 14 mi

Material foi transportado do Rio de Janeiro para São Paulo e falha foi constatada quando a carga chegou no estado

Brasil|Giuliana Saringer, do R7

Lote de R$ 14 mi em vacinas deverá ser descartado
Lote de R$ 14 mi em vacinas deverá ser descartado Lote de R$ 14 mi em vacinas deverá ser descartado

Um lote de vacinas do Ministério da Saúde, avaliado em R$ 14.814.812,27, foi transportado sob temperatura inadequada entre o Rio de Janeiro e São Paulo no final de outubro e, por isso, a carga pode ser completamente descartada.

O caso veio à tona nesta sexta-feira (23). A DPU (Defensoria Pública da União) do Rio de Janeiro explicou que a Secretaria de Saúde de São Paulo, para onde o carregamento seria levado, rejeitou a carga com 280 volumes de diversos tipos. 

Entre as vacinas, estão: pentavalente, hepatite B, varicela, triplice viral, soro antirábico humano e poliomielite oral.

O material chegou a São Paulo no dia 24 de outubro deste ano, em dois caminhões que partiram do Rio de Janeiro, em temperaturas abaixo da adequada (menos de 0º, ou seja, congeladas) para garantir que as propriedades das vacinas fossem mantidas.

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O lote saiu da Cenadi (Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos) do Rio de Janeiro. Embora quase toda a carga esteja comprometida, a DPU apura se alguma vacina poderá ser aproveitada ou se o lote inteiro precisará ser jogado no lixo.

O Ministério da Saúde afirmou, em nota, que vai apurar a denúncia e que a preparação da carga "é feita por profissionais qualificados da Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Cenadi), cabendo à empresa de transporte apenas a movimentação do produto, nas condições já deixadas por essa equipe".

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A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde de São Paulo e aguarda um posicionamento oficial. 

Leia a íntegra da nota enviada pelo Ministério da Saúde:

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"O Ministério da Saúde informa que vai apurar a denúncia sobre o transporte de vacinas mencionados pela reportagem. A pasta ressalta que a preparação da carga de imunobiológicos, como vacinas, é feita por profissionais qualificados da Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Cenadi), cabendo à empresa de transporte apenas a movimentação do produto, nas condições já deixadas por essa equipe. Assim, evita-se o risco de perdas dos produtos independente do transporte.

A pasta também esclarece que foi firmado, em junho deste ano, contrato para transferência da unidade de armazenagem de medicamentos e de insumos do Rio de Janeiro para São Paulo. Cabe ressaltar que o processo está seguindo todo os trâmites previstos em lei. O objetivo é modernizar a infraestrutura, aprimorar a qualidade dos serviços de logística, tornar a distribuição de medicamentos e insumos de saúde mais eficiente, além racionalizar custos. O novo contrato é na ordem de R$ 97 milhões por ano, um valor muito inferior ao que o Ministério da Saúde gasta atualmente (cerca de R$ 200 milhões).

Atualmente, trabalham 210 profissionais unidade do Rio de Janeiro, sendo 200 terceirizados e 10 servidores do Ministério da Saúde. É importante deixar claro que os servidores serão redistribuídos para outras funções dentro do Núcleo estadual, no Rio de Janeiro. Quanto aos demais empregados, estes são de responsabilidade da empresa terceirizada que gerencia esses trabalhadores".

Já Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo informou que não tem responsabilidade pelo controle da temperatura durante o transporte da vacina. Segundo a pasta, o próprio Ministério da Saúde faz a verificação da temperatura no momento da entrega do produto. Em caso de algum problema o próprio governo faz o remanejamento.

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