Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

FAB descarta falha em queda de avião que matou Teori Zavascki

Relatório sobra a queda aponta que piloto não tinha "condições mínimas de visibilidade" para pousar a aeronave

Brasil|Alexandre Garcia, do R7

Piloto "não havia as condições mínimas de visibilidade"
Piloto "não havia as condições mínimas de visibilidade" Piloto "não havia as condições mínimas de visibilidade"

O acidente que ocasionou a morte do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki e outras quatro pessoas não foi ocasionado por “falha ou mal funcionamento da aeronave”, revelou o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) nesta segunda-feira (22).

De acordo com o relatório final desenvolvido pelo órgão da FAB (Força Aérea Brasileira) que apurava os motivos que levaram à queda da aeronave, “não havia condições mínimas de visibilidade requeridas para as operações de pouso e decolagem” no momento em que o avião caiu em Paraty.

Leia também

“As condições de baixa visibilidade e de curva à baixa altura sobre a água sugerem que o piloto tenha experimentado os efeitos da ilusão vestibular por excesso de [força] G e da ilusão visual de terreno homogêneo, tendo por consequência vivenciado uma desorientação espacial”, afirmam os investigadores.

O relatório com a motivação da queda da aeronave foi apresentado exatamente um ano após o acidente. A investigação contou com 18 especialistas para apurar fatores humano, operacional e material.

Publicidade

Para elaborar o relatório final da investigação, o Cenipa afirma que utilizou gravações de voz do cockpit, radar do controle de aproximação de São Paulo, radar meteorológico, imagens de satélite, câmara de segurança, entrevistas, pesquisas documentais, exames e testes.

Relatório nega "qualquer condição de falha ou mal funcionamento da aeronave"
Relatório nega "qualquer condição de falha ou mal funcionamento da aeronave" Relatório nega "qualquer condição de falha ou mal funcionamento da aeronave"

No momento do acidente, Teori era relator da Operação Lava Jato na Suprema Corte, o que levantou suspeitas sobre a real causa da queda do avião. Um dia após a tragédia, o filho de Teori, Francisco Prehn Zavascki, disse torcer "para que tenha sido um acidente".

Publicidade

No início de janeiro, a PF (Polícia Federal) também descartou a hipótese de sabotagem no acidente. De acordo com as informações do órgão que apura as responsabilidades civis/criminais da queda, não foram encontrados sinais que indiquem uma ação que possa ter levado à queda do avião, como uma explosão interna.

O acidente

Publicidade

No dia 19 de janeiro de 2017, o avião Beechcraft C90GT, prefixo PR-SOM, decolou do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo (SP) com destino ao aeroporto de Paraty (RJ). A queda ocorreu cerca de 30 minutos após a decolagem, a apenas 2 km de distância da cabeceira da pista onde deveria pousar.

Além de Teori, o avião levava outras quatro pessoas: o empresário Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, de 69 anos, o piloto Osmar Rodrigues, de 56 anos, a massoterapeuta Maira Panas, de 23 anos, e a mãe dela, Maria Hilda Panas, de 55 anos.

O grupo seguia para uma propriedade de Fuilgueiras no litoral fluminense. Segundo autoridades, chovia no momento do acidente e a visibilidade na região era baixa. O aeroporto de Paraty não possuía instrumentos para auxiliar o piloto no momento do pouso.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.