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Frente fria histórica exige ações governamentais para salvar vidas

Assim como os brasileiros se viram saudando o SUS durante a pandemia, é a hora de contar com a assistência social no Brasil

Brasil|Marco Antônio Araújo, do R7

Desemprego, alta informalidade e onda de despejos jogou ao relento das ruas milhares de famílias
Desemprego, alta informalidade e onda de despejos jogou ao relento das ruas milhares de famílias Desemprego, alta informalidade e onda de despejos jogou ao relento das ruas milhares de famílias

Várias regiões do país se preparam para enfrentar a maior onda de frio dos últimos cem anos. Para além de bonecos de neve, da legítima curiosidade em observar os inéditos efeitos naturais, das brincadeiras sobre vestuário e divertidos comentários de internet, o que nos aguarda é uma tragédia humana. Felizmente, alguns governos estão sabendo enxergar a gravidade da situação.

E é para isso que serve o Estado: para proteger seus cidadãos. Assim como os brasileiros se viram quase unanimemente saudando o SUS durante a pandemia, é a hora de observamos a capilaridade da assistência social em nosso país. Se tudo for feito dentro das condições objetivas postas e da experiência pública acumulada no tratamento de pessoas em situação de rua, muitas mortes (dolorosas, terríveis) serão evitadas.

Somos um país pobre, com uma ampla população de miseráveis. A grave crise econômica que se abateu sobre o Brasil elevou as taxas de desemprego, jogou milhões na informalidade, criou uma inédita onda de despejos e jogou ao relento das ruas milhares de famílias. Pais, mães, crianças, bebês. É visível, não adianta fechar o vidro do carro ou virar o rosto.

A coletividade também deu sinais de vigor. Igrejas, ONGs, veículos de comunicação e ações isoladas têm criado uma admirável, mas insuficiente, rede de solidariedade – distribuindo cestas básicas, roupas, cobertores e calor humano aos nossos desvalidos. Mas pouco temos visto de efetivos programs governamentais.

Assim como a pandemia, a vigorosa frente fria pode servir de oportunidade para que nossos governos se ponham de prontidão e entreguem à sociedade o que lhes é de direito. Alojamentos, albergues, mantimentos e, sobretudo, respeito aos brasileiros que passam por dificuldades. Salvar vidas; é disso que se trata. Novamente.

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