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Juízes do RJ e ES manifestam pesar pelo assassinato de magistrada

Viviane foi morta a facadas no meio da rua, na frente das filhas, pelo ex-marido, no Rio de Janeiro. Corpo foi cremado neste sábado 

Brasil|Do R7

Juízes federais dos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santos divulgaram nota manifestando pesar pelo assassinato da magistrada Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. A vítima foi morta no meio da rua, a facadas, pelo ex-marido na frente das três filhas. O crime ocorreu na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense, na véspera do Natal.

Corpo de Viviane Arronenzi foi cremado neste sábado (26)
Corpo de Viviane Arronenzi foi cremado neste sábado (26) Corpo de Viviane Arronenzi foi cremado neste sábado (26)

"A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Ajuferjes) manifestam seu pesar pelo feminicídio da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi e prestam solidariedade à sua família, especialmente a suas filhas, amigas e amigos", inicia a nota de pesar.

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As associações enfatizaram, ainda, que a violência contra a mulher "tem caráter endêmico no Brasil". "Embora atinja mais intensamente mulheres negras e pobres, afeta a todas as mulheres, independentemente de raça e classe social, unicamente pela questão do gênero", frisou.

As entidades destacaram que o País mantém a quinta maior taxa de feminicídio do mundo, 90% deles cometido por companheiros ou ex-companheiros. "Cada uma dessas ocorrências traz consigo uma tragédia pessoal e familiar não captada pelas estatísticas, além de perpetuar a banalização da vida e da liberdade das mulheres."

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E destacaram a importância da Lei Maria da Penha no enfrentamento à violência de gênero contra as mulheres.

O crime

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Viviane saiu de Niterói, onde morava, para deixar as três filhas com o pai, o engenheiro Paulo José Arronenzi, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, quando foi assassinada.

De acordo com as investigações, em setembro deste ano, ele já havia agredido a ex-mulher e foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Desde então, a juíza passou a ser escoltada, mas abriu mão da proteção há menos de dois meses, a pedido de uma das filhas.

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O acusado foi preso em flagrante logo após o crime, teve sua prisão convertida em preventiva (sem data para soltura) pela juíza Monique Brandão, do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) na tarde de sexta-feira (25).

A faca usada pelo engenheiro no crime não foi localizada, mas no carro dele a polícia apreendeu outras três. A suspeita é de que o crime tenha sido premeditado.

Outras manifestações

Além da Ajufe e da Ajuferjes, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público do Rio de Janeiro lamentaram o assassinato. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) também publicou nota, bem como a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), às quais garantiram que o assassinato da juíza não ficará impune.

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, também lamentou a morte da juíza. Segundo o magistrado, "estamos em sofrimento, estamos em reflexão e nos perguntando o que poderíamos ter feito para que esta brasileira Viviane não fosse morta. Precisamos que esse silêncio se transforme em ações positivas para que nossas mulheres e meninas estejam a salvo, para que nosso país se desenvolva de forma saudável".

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