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Julgamento de Deltan é sobre futuro da Lava Jato, diz força-tarefa

Procuradores afirmam que vem tomando corpo "forte movimento de reação aos avanços contra a corrupção visando a impedir investigações"

Brasil|Do R7

Procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato de Curitiba
Procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato de Curitiba Procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato de Curitiba

O julgamento de representações que buscam afastar o procurador da República Deltan Dallagnol da coordenação da Lava Jato de Curitiba marcado para a próxima semana pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) é sobre o futuro da operação, da causa anticorrupção e de garantias de procuradores, disseram 25 integrantes e ex-integrantes do grupo nesta quinta-feira (13).

"O debate subjacente ao julgamento não é, na verdade, sobre o procurador Deltan Dallagnol, mas sobre o futuro da Lava Jato, da causa anticorrupção e das garantias constitucionais da independência funcional e da inamovibilidade de membros do Ministério Público", disseram em nota.

"O que está em jogo é a capacidade institucional de proteger promotores e procuradores que trabalham contra a grande corrupção estabelecida em diversas esferas de governo no Brasil. Permitir um ataque a um membro do Ministério Público no exercício legítimo e regular de suas atribuições é permitir o ataque à própria instituição do Ministério Público", emendou a nota.

Os procuradores afirmam que vem tomando corpo "forte movimento de reação aos avanços contra a corrupção visando a impedir ou macular investigações". Eles destacam que as representações em julgamento envolvem questões já arquivadas pela Corregedoria do Ministério Público Federal e "narrativas" surgidas a partir de notícias sem amparo em provas.

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Esta semana Deltan recorreu ao Supremo Tribunal Federal para suspender o trâmite dos procedimentos do CNMP que dizem respeito a pedidos apresentados pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Katia Abreu (PP-TO).

O caso de Renan refere-se a questionamentos à conduta de Deltan por ter feito comentários no Twitter sobre o senador que, alega o parlamentar, teriam prejudicado a campanha dele à Presidência do Senado no ano passado. Quanto à Kátia Abreu, a senadora contestou o fato de que o procurador estaria tendo ganhos econômicos de forma ilegítima ao realizar palestras.

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"Somos testemunhas da atuação correta, dedicada e corajosa do procurador Deltan Dallagnol, como coordenador desta força-tarefa, ao trabalho do Ministério Público na Lava Jato e à causa anticorrupção. Ele sempre externou compromisso com a lei e a ética em seu procedimento e atuação pública", disse.

"Deltan Dallagnol foi e é parte essencial da equipe de procuradores que, sob sua liderança e junto com outras instituições, alcançou resultados inéditos na história do País, responsabilizando criminosos poderosos e recuperando mais de R$ 14 bilhões para os cofres públicos", reforçou.

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