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Lava Jato denuncia Paulo Preto e mais 32 por cartel em obras viárias

Acusações apontam que os cartéis eliminaram totalmente a concorrência no trecho sul do Rodoanel e em sete grandes obras

Brasil|Alexandre Garcia, do R7

Rodoanel é uma das obras construídas com o cartel
Rodoanel é uma das obras construídas com o cartel Rodoanel é uma das obras construídas com o cartel

A Operação Lava Jato em São Paulo denunciou nesta sexta-feira (3) 33 pessoas ligadas a construtoras pela formação de um cartel para a construção de obras viárias no Estado de São Paulo.

Entre os denunciados, aparecem o ex-diretor da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, e o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro.

De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), os denunciados contavam com o aval de agentes públicos dentro da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras de São Paulo e das empresas Dersa e da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização).

As acusações apontam que, desde 2004, os cartéis eliminaram totalmente a concorrência nas obras do trecho sul do Rodoanel e em sete grandes obras do Programa de Desenvolvimento do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo.

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O cartel foi delatado por oito executivos da Odebrecht durante as investigações da Lava Jato. O MPF afirma que utilizou na construção das provas de um acordo de leniência firmado pela construtora Carioca e com o depoimento espontâneo de dois executivos da Queiroz Galvão.

Segundo a denúncia, o cartel começou a ser organizado em 2004 entre as construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Correa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão, grupo que recebeu o título de G5, e persistiu até 2015.

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Denunciados

Além de Paulo Vieira de Souza, a denúncia do MPF aponta a participação de mais três agentes públicos nos cartéis. São eles: o atual Secretário de Aviação Civil do Ministério dos Transportes e ex-presidente da Dersa, Dario Rais Lopes; diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e ex-diretor da Dersa, Mario Rodrigues Júnior, e; o ex-presidente da Emurb Marcelo Cardinale Branco.

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O crime de cartel foi atribuído a todos os 32 denunciados, sendo que 25 deles são acusados pelo crime de frustrar ou fraudar, mediante ajuste o caráter competitivo de licitação com o intuito de obter vantagem indevida.

Para o Ministério Público, uma das principais provas das fraudes é o impedimento de que as empresas de fora do cartel perderam todos os certames de que participaram.

Veja a lista dos 33 denunciados:

Dario Rais Lopes (Dersa);

Mario Rodrigues Júnior (Dersa);

Antonio Carlos da Costa Almeida (Camargo Correa);

José Aldemário Pinheiro Filho (OAS);

Augusto Cesar Uzeda (OAS);

Cesar de Araújo Mata Pires Filho (OAS);

Luiz Roberto Terezo Menin (Constran);

Vanderlei Di Natale (Construbase);

Dario Rodrigues Leite Neto (Andrade Gutierrez);

João Carlos Magalhães Gomes (AG e Galvão Engenharia);

Jorge Arnaldo Curi Yazbek (Camargo Correa);

Raggi Badra Neto (CC);

Carlos Henrique Barbosa Lemos (OAS);

Carlos Alberto Mendes dos Santos (Queiroz Galvão);

Othon Zanoide de Moraes Filho (QG);

José Rubens Goulart Pereira (Galvão Engenharia);

Paulo Twiaschor (Serveng);

Genesio Schiavianato da Silva Júnior (Construbase);

Luiz Claudio Mahana (EIT);

Marcus Pinto Rôla (EIT);

José Leite Maranhão Neto (EIT / SA Paulista);

Paulo Vieira de Souza (Dersa);

Marcelo Cardinale Branco (Emurb / Siurb);

Andrigo Lobo Chiarotti (AG);

Augusto Cezar Souza do Amaral (CC/Galvão Engenharia);

Sérgio Fogal Mancinelli Júnior (OAS);

Francisco Germano Batista da Silva (OAS);

Eduardo Jacinto Mesquita (QG);

Luís Sérgio Nogueira (Constran);

Nicomedes de Oliveira Mafra Neto (CR Almeida);

Helvetio Pereira da Rocha Filho (Delta);

Alberto Bagdade (Encalso) e

Pedro Luiz Paulikevis dos Santos (Paulitec).

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