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Leilão da ANP frustra e não vende blocos de petróleo em 4 bacias ofertadas

Brasil|

Por Marta Nogueira e Rodrigo Viga Gaier

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Em sua primeira parte, a 13ª Rodada de Licitação de áreas de petróleo e gás natural apresentou fraco interesse pelos ativos ofertados, em um leilão tido pelo mercado como desafiador, considerando os preços mais baixos do petróleo e a crise da Petrobras.

Não houve ofertas para quatro das seis bacias que tinham sido ofertadas até as 11h40 desta quarta-feira, quando a licitação parou para um primeiro intervalo.

A Petrobras, que sempre foi dominante nos leilões promovidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), não havia arrematado nenhuma área.

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Da mesma forma, grandes petroleiras inscritas, como a Shell e ExxonMobil, não tinham participado.

"Os fatores como o preço do petróleo, escassez de dinheiro, dinheiro caro, reservas potenciais pequenas (no leilão), tudo isso fez com que o interesse fosse menor", afirmou ex-diretor da ANP e consultor do setor John Forman.

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Segundo ele, o problema não foi somente a ausência da Petrobras, mas o fato de nenhuma grande petroleira ter participado.

"Do jeito que o mercado está, as empresas só vão na boa, no certo, naquilo que pode dar um retorno maior", acrescentou.

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Na parte da tarde, as quatro bacias restantes, das dez previstas para a 13ª Rodada, serão leiloadas.

"A gente já vinha com um sentimento de bastante preocupação, eu acho que essa parte da manhã materializou essa preocupação... Quando não há proposta é porque tem um desestímulo total, organizado", disse o presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) e prefeito de Macaé, Aluizio dos Santos, em entrevista durante o leilão.

Pela manhã, a bacia com maior interesse foi a Parnaíba, com a venda de 11 de 22 blocos ofertados.

Na Bacia Potiguar, houve venda de seis blocos de 71 ofertados.

Não houve oferta pelos blocos oferecidos nas bacias de Camamu Almada, Espírito Santo, Campos e Amazonas.

O governo brasileiro está ofertando nesta quarta-feira, ao todo, 266 blocos exploratórios de petróleo e gás.

O Brasil poderia arrecadar com o leilão, se todas das áreas fossem arrematadas sem ágio, 978,77 milhões de reais, em bônus de assinatura.

Com o baixo interesse pelo leilão, o total em bônus gerado pelas poucas áreas arrematadas foi, até o momento, de menos de 20 milhões de reais.

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(Reportagem adicional de Jeb Blount e Stephen Eisenhammer)

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