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Lula depõe à PF sobre suposto esquema de MPs na Zelotes

Ex-presidente teve que explicar MPs em favor do setor automotivo editadas em seu governo

Brasil|Do R7

PF pediu explicações a Lula sobre MPs aprovadas no seu governo
PF pediu explicações a Lula sobre MPs aprovadas no seu governo PF pediu explicações a Lula sobre MPs aprovadas no seu governo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva depôs à PF (Polícia Federal) na última quarta-feira (6), no âmbito da Operação Zelotes, sobre um suposto esquema de "venda" de MPs (medidas provisórias) que favoreceram o setor automotivo no seu governo.

A assessoria de Lula disse que ele é apenas colaborador do processo e "não é investigado e nem mesmo testemunha no inquérito".

Lula prestou esclarecimentos ao delegado Marlon Cajado, da PF, que preside o inquérito da Zelotes. Em nota, o Instituto Lula disse que o ex-presidente colaborou "como sempre faz, para esclarecer a verdade".

"A data e o horário do depoimento foram definidos pelo delegado Cajado com os advogados do ex-presidente em dezembro passado", segundo comunicado do instituto.

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— O ex-presidente negou que a edição das Medidas Provisórias ou qualquer outro ato de seu governo tenha relação com o contrato entre as empresas Mautoni e LFT.

O comunicado do Instituto Lula informa que "as Medidas Provisórias 471/2009 e 512/2010 foram editadas em seu governo para promover o desenvolvimento nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sem favorecimento a qualquer setor".

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De acordo com a nota, " MP 471/2009 prorrogou, de 2010 até 2015, incentivos fiscais concedidos desde 1997 e 1999 a indústrias automotivas e de autopeças instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País e foi aprovada por unanimidade no Congresso. A MP 512/2010 estendeu os incentivos a novos projetos destas indústrias, com exigência de novos investimentos em tecnologia e inovação".

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Ainda segundo o Instituto Lula, "as duas MPs geraram dezenas de milhares de empregos de qualidade em sete parques industriais na Bahia, Pernambuco, Ceará, Amazonas e Goiás".

— Ambas resultaram de reivindicações e diálogo com lideranças políticas, governadores, sindicalistas e empresários, amparadas em exposições de motivos ministeriais que levaram em conta a geração de empregos, renda, incorporação de tecnologia e arrecadação para os Estados em decorrência dos incentivos federais.

Luís Claudio Lula da Silva, filho de Lula, é investigado na Zelotes por supostamente receber R$ 2,5 milhões de um dos lobistas investigados pela suposta compra de MPs. 

Em 2015, o escritório da LFT, empresa de Luís Claudio, foi alvo de uma operação busca e apreensão, solicitada por dois procuradores da Zelotes e autorizado por uma juíza substituta de Brasília, conforme lembrou o Instituto Lula.

"A ação foi considerada desproporcional e ilegal pela desembargadora federal Neuza Alves, do TJDF. O inquérito das MPs foi arquivado sem indiciar Luís Cláudio Lula da Silva", informou o instituto em nota.

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