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Lula testa a paciência do país, enfrenta o mercado futuro e dá as costas ao seu passado

Ao mesmo tempo que promove turbulências econômicas externas, presidente eleito ignora suspeita de favorecimento pessoal 

Brasil|Marco Antonio Araujo, do R7

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participa de uma reunião com jovens ativistas durante a 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-27, em Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho, no Egito
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participa de uma reunião com jovens ativistas durante a 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-27, em Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho, no Egito O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), participa de uma reunião com jovens ativistas durante a 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-27, em Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho, no Egito

Lula dobrou a aposta. Decidiu enfrentar o mercado de capitais e todo o sistema financeiro, ao mesmo tempo que optou por ignorar a opinião pública e não dar satisfações sobre ter aceitado carona em jatinho de empresário acusado de corrupção.

A passagem do presidente eleito pela COP-27, no Egito, poderia ter sido um evento totalmente favorável ao petista. Mas Lula não se conteve. Novamente, antes mesmo de assumir o cargo, jogou para a plateia já conquistada nas urnas e mandou uma banana àqueles com quem se comprometeu a “pacificar o país”.

Disse, ao saber da apreensão do mercado após suas declarações sobre controle fiscal e de contas públicas, consideradas alarmantes pelo pessoal que cuida de investimentos e capitais: “A Bolsa vai cair, o dólar vai aumentar? Paciência”.

Ou é muito desapego à realidade ou Lula vai esticar a corda a uma posição nunca vista. Ao estrago entre os que temem um governo descomprometido com o ideário liberal na economia, veio se somar a apreensão dos brasileiros que carregam na memória um PT envolvido com esquemas de favorecimento e corrupção.

Lula decidiu não mais explicar os motivos que o levaram a aceitar a carona malvista e desnecessária. Mas não se furtou a emitir sinais de que também não dará satisfações ao mercado financeiro, ao empresariado e aos investidores estrangeiros. Corre o risco de ficar falando sozinho a seus admiradores fiéis — que, sabemos, seriam insuficientes para recolocá-lo (e mantê-lo) na presidência da República.

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