Marun diz que limite para votação da Previdência é fevereiro
Ministro da Secretaria de Governo afirma que se reforma não for votada neste mês "será uma oportunidade perdida'.
Brasil|Do R7, com Reuters e Estadão Conteúdo
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, reiterou nesta terça-feira (6) que o prazo limite para aprovação da reforma da Previdência é este mês de fevereiro e a não votação será uma "oportunidade perdida".
Marun repetiu que o governo ainda espera conseguir reverter votos para colocar o texto em votação no final deste mês, mas reconheceu que a reforma não ficará para março.
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— Entendemos que hoje não existe a mínima razão para um adiamento. Ou aprovamos efetivamente em fevereiro ou será uma oportunidade perdida, o que não acredito que vá acontecer", afirmou a jornalistas.
Depois de um dia confuso na segunda-feira, em que governo e Congresso deram informações desencontradas sobre as possibilidades e prazos para a votação, Marun reconheceu que "não foi um dia bom".
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Moreira Franco faz novo apelo
Em mais uma investida do governo pela reforma da Previdência, o ministro-chefe da Secretaria Geral, Moreira Franco, publicou novo vídeo nas redes sociais defendendo as mudanças nas regras de aposentadoria, pedindo que a proposta seja aprovada dia 20 de fevereiro no Congresso. Ele lembra que esse problema que já afetou outros países, já está presente em vários estados brasileiros, como Rio de Janeiro.
— Sem a reforma da Previdência, o pagamento de aposentadorias, pensões e benefícios está ameaçado", escreveu Moreira em seu Twitter, citando que, em Portugal, na Espanha e na Grécia, "a Previdência já quebrou por excesso de privilégios" e que eles, primeiro suspenderam os pagamentos e depois baixaram os benefícios.
Segundo o ministro, "se não acabarmos com os privilégios, o Brasil vai quebrar" e pede "Reforma já!".
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No vídeo, de pouco menos de um minuto, Moreira Franco afirma que nestes três países a previdência quebrou "porque não fizeram a reforma a tempo". Em seguida, cita os problemas que já estão sendo enfrentados pelo Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros Estados, que "já enfrentam dificuldades para pagar os salários e as aposentadorias dos servidores públicos".
O governo quer aproveitar a semana seguinte ao carnaval para aprovar a reforma da Previdência, de preferência em primeiro e em segundo turno, na Câmara para, logo depois, tentar aprovação no Senado. No entanto, ainda não tem os 308 votos necessários.