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Morte de mulheres por violência doméstica seria 10% maior sem Lei Maria da Penha, segundo Ipea

Efeito poderia ser maior se locais com altos índices tivessem mais organizações de proteção

Brasil|Do R7

O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulga na manhã desta quarta-feira (4) um estudo que aponta que a Lei Maria da Penha conseguiu atingir alguns de seus objetivos, protegendo as mulheres vítimas de violência doméstica. No levantamento, o instituto revela que, sem a aplicação da lei, em 2006, o número de mortes de mulheres dentro de casa seria cerca de 10% maior do que sem a existência da regra.

O Ipea aponta que o número de homicídios em geral, no País, aumentou após 2006. Esse crescimento não é observado quando a situação em que o homicídio é cometido ocorre dentro das casas.

Caso este número tivesse acompanhado o padrão observado antes da lei passar a vigorar, essas mortes seriam 10% a mais do que o registrado. O instituto considerou para a pesquisa como morte em decorrência de violência doméstica os homicídios cometidos pelos cônjuges dentro de casa.

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Os pesquisadores também destacam que o número de mortes desse tipo poderia ser menor se houvesse maior número de unidades de atendimento às vítimas nas regiões com maior incidência.

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Em 2013, foi divulgado um estudo preliminar pelo Ipea apontando que o número de mortes desse gênero chegaram a cair após a aplicação da Lei, em 2006. Porém, esse número voltou a subir e retornou, em 2011, ao patamar de antes da Maria da Penha.

Esse efeito seria explicado por um aumento na violência como um todo no País, principalmente pelo uso de armas de fogo e consumo de drogas, aponta a pesquisa.

Feminicídio

A Câmara aprovou nesta terça-feira (3) o projeto de lei do Senado que classifica o feminicídio — assassinato de mulher por causa do seu sexo — como crime hediondo e o inclui como homicídio qualificado.

O texto modifica o Código Penal para incluir o crime — assassinato de mulher por razões de gênero — entre os tipos de homicídio qualificado. O projeto vai agora à sanção presidencial.

A proposta aprovada estabelece que existam razões de gênero quando o crime envolver violência doméstica e familiar, ou menosprezo e discriminação contra a condição de mulher.

O projeto foi elaborado pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Violência contra a Mulher.

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