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PF vai investigar vazamento do depoimento de ex-diretor da Petrobras

Em delação premiada, Paulo Roberto Costa teria citado políticos envolvidos em corrupção

Brasil|

Paulo Roberto Costa está preso em Curitiba
Paulo Roberto Costa está preso em Curitiba Paulo Roberto Costa está preso em Curitiba

A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (8), por meio de nota, que abriu investigação para apurar "suposto vazamento à imprensa de informações protegidas por segredo de Justiça e contidas em depoimentos prestados por Paulo Roberto da Costa no âmbito da peração Lava Jato". O inquérito foi instaurado em Curitiba (PR), onde estão concentradas as investigações da operação.

Na sexta-feira e no fim de semana, veículos de imprensa divulgaram informações sobre o depoimento do ex-diretor da Petrobras, que citou parlamentares, ministros e governadores que teriam recebido propina em troca de contratos na Petrobras na área que ele comandava na empresa — Costa foi diretor de Refino e Abastecimento entre 2004 e 2012. O depoimento é uma tentativa de conseguir a redução da pena ou o perdão judicial por meio da delação premiada.

As revelações sobre o depoimento de Costa podem causar impacto na campanha presidencial, já que o ministro Edison Lobão, das Minas e Energia, teria participado do esquema, caso os vazamentos se confirmem. O ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidenciável do PSB até morrer num acidente de avião em 13 de agosto, também foi citado.

Paulo Roberto também afirmou que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, teve corrupção. A presidente Dilma Rousseff era presidente do conselho de administração da petroleira quando autorizou a compra da refinaria.

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A presidente encaminhou no fim de semana ao ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, pedido para que a Polícia Federal compartilhasse com o governo informações sobre o depoimento de Paulo Roberto envolvendo membros da sua equipe.

O ministro enviou a solicitação ao comando da PF, "em nome da senhora presidenta", com um pedido para a instituição "verificar a viabilidade jurídica" de informar detalhes do depoimento envolvendo nomes de integrantes do governo.

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Paulo Roberto Costa foi preso em março deste ano durante a operação Lava Jato, da PF, sob acusação de participar de um esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef.

Diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras entre 2004 e 2012, ele fechou um acordo com a PF de delação premiada — quando o réu revela denúncias em troca de redução da pena. Os depoimentos aos agentes federais acontecem há mais de uma semana, em Curitiba, onde ele está preso.

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Segundo reportagem publicada pela revista Veja neste fim de semana, Costa teria revelado à PF (Polícia Federal) os nomes de 32 parlamentares, três governadores e um ministro de Estado que participariam de um esquema de propina na maior empresa do País.

De acordo com os depoimentos, os responsáveis pelo esquema exigiam uma contrapartida de empreiteiras que queriam fechar negócio com a Petrobras. Essas empresas tinham de reverter parte dos lucros aos cofres da estatal. Depois de lavado por doleiros, o dinheiro era repassado a políticos da base do governo.

Entre os nomes mencionados pelo ex-diretor, além de Alves, estariam o do atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), e dos senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR), ex-líder de governo. Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão, Sérgio Cabral Filho (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, morto no dia 13 de agosto, também foram citados por Costa como beneficiários do esquema.

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