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Prejuízo das estatais regionais cresce e alcança 44% das empresas

Estudo divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta diz respeito a 2020 e aponta que Estados fizeram repasses de R$ 6 bilhões no ano

Brasil|Márcio Pinho, do R7

Metrô de São Paulo foi uma das empresas com prejuízo em 2020
Metrô de São Paulo foi uma das empresas com prejuízo em 2020 Metrô de São Paulo foi uma das empresas com prejuízo em 2020

As empresas estatais estaduais tiveram em 2020 um prejuízo maior do que no ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (2) pelo Tesouro Nacional. As perdas alcançaram 44% de 302 companhias analisadas, contra 35% em 2019, conforme a terceira edição do "Raio-X das Empresas dos Estados Brasileiros". 

Segundo a análise, esse resultado pode ser explicado por impactos da crise econômica decorrente da pandemia e pela inclusão de 21 estatais em liquidação na base de dados de 2020. As perdas afetaram mais as estatais dependentes - tiveram prejuízo 56% das que recebem recursos do Estado para seu funcionamento e despesas como folha de pagamento e investimentos.

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O setor que apresentou o maior lucro para o período foi o de energia, com ganhos de mais de R$ 8 bilhões, seguido pelo segmento de saneamento, com R$ 5 bilhões, e pelo setor financeiro, que apresentou lucro de R$ 1,5 bilhão. Já os piores resultados foram do setor de transporte, que acumulou prejuízos de aproximadamente R$ 10 bilhões, especialmente por causa das companhias de metrô, e no segmento de habitação e urbanização, com cerca de R$ 600 milhões em perdas.

Em São Paulo, por exemplo, enquanto a companhia de saneamento Sabesp recebeu investimento de R$ 4 bilhões e teve lucro de R$ 973 milhões, o Metrô teve R$ 2 bilhões de investimento e gerou o mesmo valor de prejuízo. Na área de habitação, a CDHU também recebeu R$ 2 bilhões de investimento e teve perdas de R$ 393 milhões.

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No total do país, os Estados transferiram R$ 4,8 bilhões como reforço de capital e R$ 5,4 bilhões como subvenções às empresas estatais estaduais. Por outro lado, os entes subnacionais receberam R$ 4,2 bilhões de dividendos das empresas estatais, resultando em repasses líquidos de R$ 6 bilhões no ano.

Governança

O painel trouxe um levantamento das estruturas de governança das estatais estaduais analisadas, consideradas completas quando composta pelos conselhos de administração e fiscal e pelo comitê de auditoria, visto que diferentes legislações obrigam as estatais a possuírem tais colegiados, de acordo com suas características.

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Considerando-se as estatais não dependentes, os setores com melhor governança, ou seja, que possuem os três colegiados, foram saneamento (78%), energia (72%) e informática e tecnologia da informação (67%); já os com as piores estruturas de governança foram saúde, turismo e mineração, com nenhuma empresa com estrutura de governança completa.

Nas estatais dependentes, o melhor setor é o de energia (100%), seguido pelo de saúde (50%). No entanto, a maioria das estatais dependentes não possui as três estruturas de governança, sendo que em boa parte dos setores não há nenhuma empresa que atende a esse critério.

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