A presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marta Azevedo, deixou o cargo nesta sexta-feira (7), em meio a uma das maiores crises indígenas do governo Dilma Rousseff.
O pedido de demissão teria sido justificado por problemas de saúde. Marta alegou que precisa se afastar do cargo para dar sequência a um tratamento.
De acordo com a Funai, a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável, Maria Augusta Assirati, assumirá o cargo interinamente no lugar de Marta Azevedo.
Marta deixa o cargo oito dias depois da morte de um índio terena durante uma ação de reintegração de posse na Fazenda Buriti, em Sidrolândia (MS), distante 72 km de Campo Grande.
Na última quinta-feira (6), o governo anunciou a criação de um fórum de negociação para tentar resolver os conflitos que contará com índios, fazendeiros, integrantes do governo, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
Lei a nota na íntegra:
"Informamos que, por razões de saúde, a presidenta da Funai, Marta Maria do Amaral Azevedo, entregou seu pedido de exoneração ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Esta decisão foi tomada por ela em virtude da necessidade de realizar tratamento médico que é incompatível com a agenda de presidenta.
A Funai informa ainda que a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável (DPDS) da Funai, Maria Augusta Assirati, assumirá o cargo interinamente. Ressaltamos que Maria Augusta ingressou na Funai a convite da presidenta e tem conduzido a DPDS com extrema competência e comprometimento com a missão deste órgão. Maria Augusta e os demais diretores darão continuidade à missão da instituição na promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas, com o compromisso de fortalecimento da Funai, mantendo o amplo diálogo com os povos indígenas, servidores e demais setores do governo.
Fundação Nacional do Índio - Funai
Brasília, 07 de junho de 2013"