A produção industrial operava em junho acima do patamar pré-pandemia em apenas cinco dos 15 locais pesquisados. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional e foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
Os cinco parques industriais com volume de produção superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, são Minas Gerais (15,5% acima do pré-covid), Amazonas (9,4%), Santa Catarina (6,1%), Rio de Janeiro (4,2%) e São Paulo (3,4%).
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Bernardo Almeida, houve melhora na indústria em maio devido à flexibilização de medidas de isolamento social em relação a abril, quando foram registradas mais interrupções na cadeia produtiva por conta da segunda onda da pandemia de covid-19.
"Já o resultado de junho, mostrando estabilidade, demonstra mais realisticamente o ambiente em que se encontra a indústria nacional", afirmou Almeida, em nota do IBGE.
A produção industrial caiu em dez dos 15 locais pesquisados na passagem de maio para junho. Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve uma queda de 0,9%, puxada pelo mau desempenho do setor de veículos, mas também de máquinas, aparelhos e materiais elétricos.
Na comparação com junho de 2020, houve crescimento da produção em dez dos 15 locais pesquisados em junho de 2021. O resultado é influenciado pela base de comparação baixa, uma vez que a indústria ainda sofria em junho do ano passado com o choque provocado pela pandemia.
No segundo trimestre de 2021, a indústria teve expansão de 22,6% na produção ante igual período do ano anterior, a alta mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação, também sob influência da base de comparação depreciada.
Houve crescimento na produção em 12 dos 15 locais pesquisados:
Amazonas (de 0,3% no primeiro trimestre de 2021 para 70,2% no segundo trimestre de 2021)
Ceará (de 5,7% para 62,4%)
Espírito Santo (de -4,7% para 32,6%)
Minas Gerais (de 8,9% para 29,3%)
São Paulo (de 8,3% para 27,6%)
Santa Catarina (de 17,5% para 36,4%)
Rio de Janeiro (de -4,4% para 14,0%)
Rio Grande do Sul (de 12,8% para 30,2%)
Paraná (de 10,5% para 26,1%)
Pernambuco (de 4,5% para 12,5%)
Região Nordeste (de -6,1% para 9,1%)
Pará (de 3,1% para 0,2%).
Os recuos foram registrados:
Bahia (de -17,6% para -11,8%)
Mato Grosso (de -7,5% para -3,8%)
Goiás (de -5,3% para -3,5%).