A repercussão pública ruim causada pela indicação da deputada Bia Kicis (PSL/DF) para o posto de presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e a pressa na definição do titular no comando do órgão mais importante da Casa, faz surgir novos cotados para a vaga. Nesta segunda-feira, crescem as apostas em torno do deputado do Republicano de Minas Gerais, Lafayette Andrada.
Parlamentar de primeiro mandato, Andrada se destaca no debate de questões jurídicas e vem firmando posições moderadas nos últimos dois anos. Teve papel importante nos debates que modularam o “pacote anticrime” enviado ao Congresso pelo então ministro da Justiça, Sérgio Moro, e firmou posições que angariaram respeito de várias correntes partidárias. Filho, neto e sobrinho de políticos, descende do Patriarca da Independência José Bonifácio de Andrada e Silva.
A eventual candidatura de Lafayette Andrada ao comando da CCJ - comissão pela qual passam os principais projetos legislativos, e que também decide sobre disputas em torno do Regimento - ainda depende de acertos políticos. A indicação de Bia Kicis para o posto é polêmica e teve repercussão ruim para a Câmara. A deputada é considerada da “ala ideológica” do PSL e protagonizou episódios de ataque ao STF, inclusive com xingamentos públicos ao então decano, Celso de Mello - atitude considerada afronta até mesmo à norma Constitucional, que determina equilíbrio e harmonia entre os poderes.