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Servidora diz que Elcio Franco vetou prioridade de presos na vacinação

Francieli Fantinato, ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, apontou na CPI ingerência do ex-secretário-executivo

Brasil|Do R7

Francieli Fantinato na CPI da Covid
Francieli Fantinato na CPI da Covid Francieli Fantinato na CPI da Covid

A ex-coordenadora do PNI (Programa Nacional de Imunizações) Francieli Fantinato disse em seu depoimento nesta quinta-feira (8), à CPI da Covid, que o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, o coronel Elcio Franco, vetou em dezembro a inclusão de presos entre os grupos prioritários para a vacinação contra a covid-19.

A população encarcerada foi incluída em uma versão prévia do plano apresentada em 1º de dezembro em razão da possibilidade de o vírus se espalhar rapidamente em ambientes com aglomeração, como celas e outros espaços das penitenciárias brasileiras. Dias depois, porém, o grupo foi retirado, em nova versão apresentada, o que gerou críticas ao governo. No dia 16 daquele mês, lançamento oficial do programa, a população carcerária voltou a figurar entre os grupos prioritários.

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Segundo ela, na reunião realizada na primeira quinzena de dezembro do ano passado, Elcio Franco solicitou a retirada, e a então coordenadora se negou a fazê-lo. A exclusão foi feita sem o aval do programa, portanto.

Fantinato ressaltou que presidiários têm condição menor de usar medidas não farmacológicas como máscaras e álcool em gel. "É uma população que tem uma prevalência maior de doenças infecciosas. As condições presidiárias são muito inadequadas. As medidas não-farmacológicas são difíceis de ser executadas", avaliou nesta quinta, na CPI.

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Saída do cargo

Francieli se recusou a fazer acordo para dizer a verdade antes de seu depoimento. Ela desmentiu a informação de que teria pedido para deixar o cargo por causa das investigações da CPI. Ela apontou a politização da vacinação como razão para desistir do cargo. A exoneração foi em junho.

Questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), se o presidente Jair Bolsonaro de alguma forma prejudicou seu trabalho na campanha de imunização contra a covid-19, Francieli afirmou que todos os brasileiros deveriam lutar pela vacinação da população, mas não foi isso que fez o "líder da Nação".

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