O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo negou na tarde desta quinta-feira (22) recurso do Ministério Público Eleitoral que pedia cassação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por supostas irregularidades na campanha eleitoral em 2018, na qual ele foi eleito deputado federal.
Segundo a Promotoria, houve uso indevido dos meios de comunicação social e abuso do poder econômico. Salles teria usado o grupo de militantes online Movimento Endireita Brasil para antecipar sua propaganda em período no qual a campanha eleitoral é proibida. A entidade fez anúncios com custo de R$ 260 mil antes das eleições, segundo o Ministério Público Eleitoral.
A ação foi inicialmente rejeitada, e o MP recorreu. Nesta quinta, o recurso foi negado unanimemente pelos sete membros da Corte.
Inquérito
O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar suspeita de enriquecimento ilícito do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, entre 2012 e 2017, período em que ele alternou a atividade de advogado com cargos no governo paulista. A Promotoria já pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal de Salles, mas a medida foi negada duas vezes pela Justiça estadual neste mês.
Em nota, a assessoria do Ministério do Meio Ambiente afirmou ao jornal "O Estado de S. Paulo" que o "patrimônio e os rendimentos do ministro foram sempre declarados adequadamente à Receita Federal" e que "a própria representação não traz nada diferente do que nelas constam".