Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Assentamento de famílias em 2023 foi 30% maior do que o total dos quatro anos anteriores

Governo federal quer assentar mais 295 mil famílias até 2026; beneficiados precisam pagar pelo lote recebido

Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília

Lula vetou trecho do texto aprovado pelo Congresso
Lula assina decreto que cria o 'Terra da Gente' (Ricardo Stuckert/PR — Arquivo)

O governo federal assentou 2.377 famílias em 2023, 30,17% a mais do que o total dos quatro anos anteriores (1.826), segundo o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Elas foram assentadas em seis estados no ano passado, sendo o maior número registrado no Maranhão, com 644. O Distrito Federal não está na lista, e os dados do Espírito Santo, de Minas Gerais e de Santa Catarina não foram divulgados. Outros 17 estados não tiveram nenhuma família assentada em 2023.

LEIA MAIS

Confira a lista completa:

• MA: 644

• PE: 434

Publicidade

• PA: 414

• BA: 408

Publicidade

• AM: 256

• PI: 221

Publicidade

• PR: 0

• SP: 0

• RJ: 0

• GO: 0

• CE: 0

• TO: 0

• RR: 0

• SE: 0

• AL: 0

• RN: 0

• AP: 0

• PB: 0

• RO: 0

• MS: 0

• AC: 0

• MT: 0

• RS: 0

• MG: sem informações

• ES: sem informações

• SC: sem informações


Veja a quantidade de famílias assentadas nos quatro anos anteriores:

• 2022: 639

• 2021: 619

• 2020: 365

• 2019: 203

Segundo o Incra, o Brasil tem 1.000.432 de famílias assentadas (a capacidade é de 1.206.738). A área assentada soma cerca de 10% de todo o território nacional (880,9 mil km²). O Brasil tem uma área de 8,5 milhões km².

O que são?

Os assentamentos de reforma agrária são conjuntos de unidades agrícolas, chamadas de parcelas ou lotes. Cada uma é destinada a uma família produtora sem condições econômicas de comprar um imóvel rural. Os beneficiários devem morar no local e desenvolver atividades produtivas. Os assentados pegam pelo lote recebido.

De acordo com o Incra, os assentamentos também têm áreas de uso comunitário e com estruturas de utilização coletiva, como escolas e unidades de saúde. Quem recebe um dos lotes precisa se comprometer a morar no local e explorá-lo para o sustento próprio, por meio da mão de obra familiar.

Política de reforma agrária

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nessa segunda-feira (15) um decreto que acelera e amplia o alcance da reforma agrária no Brasil, com criação de nove assentamentos. O documento também permite que os estados usem imóveis para abater dívidas com a União, que destinará os locais para reforma agrária. Para este ano, o governo federal pretende gastar R$ 520 milhões para a compra de imóveis, para 73 mil famílias.

A expectativa é contemplar 295 mil famílias até 2026. A intenção do Executivo é aumentar em 877% a quantidade de famílias assentadas, na comparação com o intervalo de 2017 a 2022.

Os novos assentamentos serão em seis estados — Acre, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul e Tocantins —, com capacidade para atender 724 famílias, num total de 64.750 hectares, tamanho equiparável a cerca de 11% do Distrito Federal, a menor unidade da Federação.

O decreto assinado por Lula cria o programa Terra da Gente, que prevê, entre as formas de aquisição e destinação das terras, locais passíveis de adjudicação (transferência para o credor) por dívidas com a União, imóveis improdutivos, imóveis de bancos e empresas públicas, áreas de ilícitos, terras públicas federais, terras doadas e imóveis estaduais.

Segundo o governo federal, as 295 mil famílias beneficiadas pela iniciativa incluem 74 mil que serão assentadas e 221 mil que vão receber a regularização dos lotes que já ocupam. Outras 7 mil famílias devem acessar as terras por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário.


Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.